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União Europeia diz que zona de exclusão aérea na Ucrânia levaria à 3ª Guerra Mundial

Chefe das Relações Exteriores da União Europeia Josep Borrell rejeita apelos para estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia

Josep Borrell (Foto: Julien Warnand/Pool via Reuters)

Sputnik - Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, rejeitou novamente apelos para estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, citando os potenciais perigos disso.

A criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia poderia levar ao início da 3ª Guerra Mundial, afirmou Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, em entrevista ao jornal El Periódico.

"Estamos fazendo tudo o que podemos da perspectiva militar, contribuindo à facilitação da resistência dos ucranianos com material militar, tendo cuidado de não alargar a guerra a outros países, e evitando um confronto que possa sair de um confronto nuclear", disse o alto funcionário europeu no sábado (12).

Na opinião de Borrell, a imposição de uma zona de exclusão aérea "implica ter a capacidade e vontade de derrubar os aviões russos que a violem. Seria estender o conflito a uma 3ª Guerra Mundial, e é evidente que não o queremos fazer".

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, tem exortado frequentemente a Otan a criar uma zona de exclusão aérea, além de acelerar o transporte de armas letais ao país.

No entanto, os países ocidentais rejeitaram repetidamente essa hipótese, citando a possibilidade de isso escalar a um conflito direto com a Rússia, criando assim a possibilidade de se tornar uma guerra mundial.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, também se pronunciou contra o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea.

"Qualquer passo nesse sentido será considerado por nós como participação do conflito armado pelo país a partir de cujo território fossem criadas ameaças para nossos militares. No mesmo instante, vamos considerá-lo participante do conflito. E não importa a quais organizações pertençam".

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