Varoufakis: 'moeda única e democracia podem coexistir'
Ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis disse ao jornal alemão Bild que vai renunciar se os gregos optarem pelo "sim" no referendo deste domingo, 5, sobre um pacote de ajuda em troca de reformas, reiterando comentários que fez anteriormente; questionado se realmente deixaria o cargo se o resultado do referendo for "sim" ele respondeu "absolutamente"; ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje dos gregos como "um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa", no qual se demonstra que "a moeda única e a democracia podem coexistir"
BERLIM (Reuters) - O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis disse ao jornal alemão Bild que vai renunciar se os gregos optarem pelo "sim" no referendo deste domingo, 5, sobre um pacote de ajuda em troca de reformas, reiterando comentários que fez anteriormente.
Questionado se realmente deixaria o cargo se o resultado do referendo for "sim" ele respondeu "absolutamente".
"Não haverá uma maioria para o 'sim'", acrescentou. "Durante cinco anos os fracassos incríveis do Eurogrupo conduziram a ultimatos sem qualquer sentido acerca dos quais o povo não podia pronunciar-se. Hoje, o povo pronuncia-se sobre o último ultimato do Eurogrupo e seus associados", disse Yanis Varoufakis, depois de votar, em Atenas.
O ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje dos gregos como "um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa", no qual se demonstra que "a moeda única e a democracia podem coexistir".
Nos últimos dias, Yanis Varoufakis deixou claro repetidamente que, se não vencer o 'Não' no referendo, se demite imediatamente, ficando embora no Parlamento.
Cerca de 10 milhões de gregos são hoje chamados a pronunciarem-se em referendo com 'Sim' se aceitarem a proposta formulada no dia 25 pelas instituições - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - ou 'Não' se a recusarem.
As mais de 19 mil assembleias de voto abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) e fecham às 19:00 (17:00 em Lisboa), antecipando-se uma longa noite para os líderes europeus e para os principais atores financeiros.
É exigida uma participação de pelo menos 40% do eleitorado para que o resultado do referendo seja considerado válido.
Os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir das 19:00 (hora em Lisboa). As sondagens que existem não dão nenhum resultado claro sobre quem vai ganhar existindo apenas análises que os segmentos populacionais mais novos são favoráveis ao 'Não'.
Nova moeda
Já o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse a uma rádio alemã que a Grécia teria de introduzir uma outra moeda se o "não" vencer o referendo deste domingo que trata do pacote de ajuda em troca de reformas no país.
"A Grécia continua no euro depois desse referendo? Este certamente é o caso, mas se eles disseram "não" eles terão de introduzir uma outra moeda após o referendo, pois o euro não estaria disponível como meio de pagamento", disse Schulz à rádio Deutschlandfunk.
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