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Venezuela cassa credenciais de sete jornalistas da CNN

Governo recomendou aos profissionais que reservem voos para deixar o país o mais brevemente possível; presidente Nicolás Maduro acusou o canal de dar cobertura excesiva às manifestações e tentar passar a impressão que que país vive uma guerra civil; desde o início dos protestos, no dia 4, oito pessoas já morreram

Governo recomendou aos profissionais que reservem voos para deixar o país o mais brevemente possível; presidente Nicolás Maduro acusou o canal de dar cobertura excesiva às manifestações e tentar passar a impressão que que país vive uma guerra civil; desde o início dos protestos, no dia 4, oito pessoas já morreram (Foto: Realle Palazzo-Martini)

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247 - A rede de TV norte-americana CNN informou na noite da sexta-feira (21) que o governo venezuelano de Nicolás Maduro revogou as credenciais de sete funcionários do canal noticioso no país. Também recomendou que eles reservem voos para deixar a Venezuela. Em nota, o conglomerado pediu que o governo reveja a posição.

O cancelamento das credenciais é o cumprimento de ameaça feita pelo próprio Maduro na quinta-feira (20). O presidente venezuelano acusou a CNN de dar cobertura excessiva aos protestos no país e de querer dar a impressão de que a Venezuela vive uma guerra civil.

As manifestações começaram no dia 4 deste mês com estudantes protestando contra a insegurança nas universidades, após uma jovem ter sofrido tentativa de estupro e roubo no dia anterior na Universidade de Los Andes, San Cristóban, em Táchira.

Dois dias depois, centenas de estudantes se mobilizaram e um grupo atacou o governador do estado, José Vielma Cristóbal – cinco jovens foram detidos. Depois disso, começaram os protestos no estado vizinho, Mérida. No fim de semana (8 e 9), houve caminhadas em mais estado, culminando com a grande marcha, realizada no último dia 12, em que três pessoas morreram.

Até então, os movimentos não registravam atos de vandalismo em grande escala. No último dia 12, que houve confrontos entre simpatizantes do presidente Nicolás Maduro e opositores. Também foi o marco da ação de motoqueiros armados que dispararam contra os manifestantes e do uso de barricadas e bloqueios nas ruas, além do uso de coquetéis-molotovs por alguns manifestantes.

No decorrer dos dias, os protestos ganharam novos adeptos e as reivindicações também se ampliaram. Além da criminalidade, a população passou a protestar contra a alta da inflação, a escassez de bens de consumo básico, o mercado negro do dólar e os apagões energéticos. A detenção de jovens estudantes – a maioria já liberada – também aumentou a insatisfação e motivou novos protestos.

O governo Maduro atribuiu a culpa dos atos violentos e do vandalismo ao dirigente do partido Vontade Popular, Leopoldo López, que cumpre pena provisória de 45 dias, por ter sido considerado mentor intelectual da ação de grupos radicais nos protestos. Na terça-feira (18), dia em que López foi preso, uma manifestação convocada por ele levou milhares de venezuelanos às ruas, inicialmente em marchas pacíficas, mas, no fim do dia, houve novos atos de vandalismo, agressões a policiais e mais mortes. Ontem (21) foi confirmada a oitava morte.

(Com Agência Brasil)

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