Venezuela condena ingresso da Colômbia na Otan
Em comunicado emitido no último sábado (26), assinado pelo presidente Nicolás Maduro, o governo venezuelano rechaçou o 'insólito anúncio' do ingresso da Colômbia na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar com capacidade nuclear, comandada pelos Estados Unidos.
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247, com Correo del Orinoco - "O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, em nome do povo e do governo venezuelano, rechaça o insólito anúncio feito pelo presidente da República da Colômbia, Juan Manuel Santos, em 25 de maio de 2018, sobre o ingresso de seu país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na categoria de sócio global", destaca o comunicado difundido pela chancelaria venezuelana.
A nota presidencial destaca a ameaça que representa para a região da América Latina e Caribe a participação de um de seus países numa aliança militar com capacidade nuclear. "Isto constitui uma séria ameaça à paz e à estabilidade regional, a partir da defesa de inconfessáveis interesses alheios ao bem-estar dos nossos povos soberanos".
O presidente Maduro defende a 'posição histórica' da América Latina e Caribe de tomar distância das políticas e ações belicistas da Otan.
O comunicado do governo bolivariano faz um chamamento ao governo colombiano: "Exortamos o governo da República da Colômbia, a observar e cumprir as obrigações internacionais com as quais se comprometeu como membro de organizações regionais destinadas a garantir a paz e a solução pacífica das controvérsias. Entre eles se destacam as disposições do Tratado de Tlatelolco para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe; a Declaração de Havana da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) que proclama a América Latina e o Caribe como Zona de Paz; a Declaração da América do Sul como Zona de Paz, e as Medidas de Fomento da Confiança e Segurança e seus Procedimentos aprovados no marco do Conselho de Defesa Sul-americano da Unasul (União das Nações Sul-americanas).
A nota do Palácio de Miraflores termina assinalando que a Venezuela "reitera mais uma vez seu rechaço a todo tipo de ameaças extrarregionais que pretendam intimidar os povos latino-americanos e caribenhos, decididos a ser livres e independentes, a partir do espírito da cooperação, do respeito ao Direito Internacional Público, do direito ao desenvolvimento, do direito à vida e, em consequência, o direito de viver em paz".
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