HOME > Mundo

Xi Jinping afirma que reunificação de Taiwan à China é imparável

Declaração ocorre após Pequim encerrar exercícios militares com munição real ao redor da ilha, manobras criticadas por Taipé e por países da região

Presidente da China, Xi Jinping (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/Files)

247 - O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta quarta-feira que a reunificação de Taiwan ao território chinês é “imparável”, poucos dias após o encerramento de exercícios militares chineses ao redor da ilha. Em discurso de Ano-Novo transmitido ao vivo, o líder reforçou a posição de Pequim sobre Taiwan, considerada parte de seu território soberano. “A reunificação da nossa Pátria-mãe é imparável”, disse Xi. As informações foram divulgadas pela agência AFP.

As manobras ocorreram na segunda e na terça-feira e envolveram o uso de munição real, com o objetivo de simular um bloqueio aos principais portos de Taiwan e ataques a alvos marítimos. O Exército de Libertação Popular mobilizou dezenas de aviões de combate, navios da Marinha e embarcações da guarda costeira, além de disparar mísseis e foguetes ao redor da ilha. Nesta quarta-feira, autoridades chinesas anunciaram o fim das operações.

Segundo Pequim, os exercícios alcançaram seus objetivos. Um porta-voz militar afirmou que “o Comando do Teatro Oriental do ELP concluiu com sucesso os exercícios ‘Missão Justiça 2025’” e garantiu que as tropas continuarão treinando para “frustrar resolutamente as tentativas dos separatistas da ‘Independência de Taiwan’ e a intervenção externa”.

Em resposta, Taiwan classificou as manobras como “altamente provocativas e temerárias” e afirmou que as forças chinesas não conseguiram impor um cerco ao território. A guarda costeira taiwanesa confirmou o afastamento de embarcações chinesas, mas informou que mantém 11 navios mobilizados. “Não podemos baixar a guarda”, disse Hsieh Ching-chin, vice-diretor geral da Guarda Costeira de Taiwan.

O presidente taiwanês, Lai Ching-te, alertou que os exercícios “não são um incidente isolado” e representam “riscos significativos” para a região, “o transporte marítimo, o comércio e a paz no mundo”. Japão e Austrália afirmaram que as manobras aumentam as tensões no estreito de Taiwan, enquanto a China rebateu as críticas. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, disse que há países “criticando de maneira irresponsável as ações necessárias e justas da China para defender sua soberania nacional e sua integridade territorial”, classificando essas posições como “totalmente hipócritas”.