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JBS e VIVA criam gigante global do couro com nova companhia

Parceria forma a JBS VIVA, empresa que nasce líder do setor e amplia presença internacional

Produção de couro em unidade industrial da nova JBS VIVA (Foto: Diulgação)

247 - A fusão entre a JBS Couros e o grupo VIVA resultou na criação da JBS VIVA, anunciada nesta terça-feira. A iniciativa une a operação das duas companhias em uma única empresa, que já nasce como líder mundial do segmento de couro, com capacidade para processar mais de 20 milhões de unidades por ano.

A nova companhia apresenta uma estrutura de 31 fábricas e mais de 11 mil colaboradores em países como Brasil, Itália, Uruguai, Argentina, México e Vietnã. A informação serve de base para compreender a dimensão global da operação, que atuará tanto no processamento de peles quanto na comercialização para mercados considerados altamente competitivos.

A integração com o grupo VIVA é vista como um marco estratégico pela JBS Couros. Segundo o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, “a união com a VIVA abre novas oportunidades para todos os mais de 7 mil colaboradores da JBS Couros, que agora passam a fazer parte de um negócio ainda mais robusto e preparado para competir globalmente”. Ele acrescentou que a nova empresa representa “a união de mais de 70 anos de experiência e reconhecimento internacional”.

A JBS Couros, ao longo de sua trajetória, consolidou-se por apostar na agregação de valor ao couro, com forte investimento em inovação e diversidade de produtos — mais de 2 mil SKUs desenvolvidos para atender tendências de moda e lifestyle em mercados de alta exigência. A companhia também se destacou por iniciativas de sustentabilidade, incluindo o modelo KindLeather, que redesenhou processos produtivos para reduzir impactos ambientais e ampliar o valor agregado do produto.

Tomazoni afirmou que a parceria permitirá elevar ainda mais o padrão de excelência construído ao longo das últimas décadas. “Temos muito orgulho do que construímos ao longo desses anos — ampliando mercados, investindo em pesquisa e desenvolvimento e redefinindo o padrão de sustentabilidade do setor. Agora, com a criação da JBS VIVA, poderemos levar essa excelência a um patamar ainda mais elevado”, disse.

Na nova companhia, a JBS deterá 50% de participação acionária, divisão igual à do grupo VIVA — formado pelas acionistas Vanz e Viposa. O conselho de administração terá composição equilibrada entre os dois lados: presidente do conselho e CFO serão indicados pela JBS, enquanto o CEO e o COO serão escolhidos pela VIVA. A concretização do negócio dependerá do cumprimento das condições usuais desse tipo de transação e da aprovação dos órgãos reguladores.

Para a liderança da JBS Couros, a operação reafirma a relevância estratégica da cadeia do couro dentro do grupo. “A cadeia do couro permanece estratégica, reforçando a visão da JBS de que sustentabilidade e rentabilidade caminham juntas”, afirmou Guilherme Motta. Ele destacou ainda que o couro, como coproduto natural da cadeia bovina, “ganha nova vida ao ser transformado em uma ampla gama de produtos — de calçados e bolsas a revestimento para automóveis e móveis”.