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Vale registra maior produção de minério desde 2018

Companhia alcança 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre e avança em cobre e níquel

Vale (Foto: Brazil Stock Guide)

247 - A Vale S.A. (B3: VALE3; NYSE: VALE) registrou no terceiro trimestre de 2025 sua melhor produção trimestral de minério de ferro em sete anos, atingindo 94,4 milhões de toneladas (Mt), um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2024. A informação foi publicada pelo portal Brazil Stock Guide, que destacou o desempenho consistente da companhia após um ciclo de instabilidade operacional.

De acordo com o veículo, o avanço foi impulsionado pelo recorde de produção no complexo S11D e pela expansão gradual das operações nos sistemas Norte e Sudeste. As vendas totalizaram 86 milhões de toneladas, alta de 5% sobre o ano anterior, beneficiadas por melhores preços médios — o minério de ferro fino foi comercializado a US$ 94,4 por tonelada, 4,2% acima do valor de 2024. Com esses resultados, a mineradora caminha para alcançar o limite superior de sua meta anual de produção, estimada entre 325 e 335 milhões de toneladas, consolidando sua recuperação operacional.

Apesar do bom desempenho geral, a produção de pelotas caiu 23%, somando 8 milhões de toneladas, reflexo de um mercado menos aquecido. Diante disso, a empresa decidiu redirecionar parte da alimentação de pelotas para a venda de finos, de maior rentabilidade. A planta de pelotização de São Luís segue em manutenção e não deverá retomar as operações em 2025.

As divisões de cobre e níquel também apresentaram evolução. A produção de cobre cresceu 6%, atingindo 90,8 mil toneladas, sustentada pelo desempenho sólido de Salobo e pelo aumento de produção em Voisey’s Bay e Sudbury. Já o níquel manteve estabilidade, com 46,8 mil toneladas produzidas, resultado de recorde na refinaria de Long Harbour que compensou paradas de manutenção em Copper Cliff.

Outro destaque foi a entrada em operação do segundo forno da planta de Onça Puma, que adicionou 15 mil toneladas por ano de capacidade produtiva e deve impulsionar o crescimento nos próximos trimestres.

O ambiente de preços também favoreceu a estratégia da Vale de priorizar produtos de maior valor agregado. O prêmio médio do minério de ferro subiu para US$ 2,1 por tonelada, refletindo a maior participação de produtos de baixo teor de alumina, como BRBF e Mid-Grade Carajás. O cobre teve preço médio de US$ 9.818 por tonelada, alta de quase 9%, acompanhando a valorização na Bolsa de Metais de Londres (LME). Já o níquel registrou queda de 9%, sendo negociado a US$ 15.445 por tonelada, pressionado pela demanda global mais fraca.

A Vale destacou que suas principais frentes — minério de ferro, cobre e níquel — devem encerrar 2025 próximas ao teto de suas metas de produção. Segundo a empresa, a execução eficiente dos planos de manutenção, o equilíbrio no mix de produtos e a capacidade de manter preços premium serão fatores determinantes diante da demanda enfraquecida por aço na China e da volatilidade no mercado global de metais básicos prevista para 2026.

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