A expansão da psicoterapia online marca uma transformação cultural no Brasil e no mundo
Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma mudança histórica na forma de encarar a saúde mental.
A psicoterapia online, antes vista com reserva, ganhou impulso extraordinário durante a pandemia de Covid-19 e consolidou-se como uma alternativa acessível e eficaz de cuidado. Essa tendência reflete não apenas um avanço tecnológico, mas também uma transição cultural em curso: cada vez mais brasileiros estão trocando práticas de cura tradicionais e espirituais por abordagens psicológicas baseadas em evidências científicas. O fenômeno insere-se em um contexto global de expansão dos cuidados de saúde mental mediados por tecnologia, indicando uma convergência entre o Brasil e o resto do mundo na maneira de buscar apoio psicológico.
Expansão da terapia online no Brasil
A terapia psicológica realizada pela internet vinha ganhando adeptos de forma gradual no Brasil, mas foi durante a pandemia que ela se tornou parte do cotidiano. Em 2018, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) regulamentou oficialmente o atendimento terapêutico remoto, permitindo que psicólogos atendessem por vídeo, telefone ou aplicativos de mensagem. Ainda assim, até o início de 2020 o movimento era tímido. Com as medidas de isolamento social da Covid-19, houve uma consolidação desse formato: muitos profissionais e pacientes que nunca haviam cogitado a terapia online foram impelidos a aderir ao mundo digital, diminuindo preconceitos e barreiras. A necessidade levou à experimentação, e a experiência positiva quebrou o estigma que restava.
Os números confirmam essa expansão sem precedentes. Para atender à alta demanda gerada pelo contexto pandêmico, o número de psicólogos registrados na plataforma e-Psi – cadastro obrigatório do CFP para atuar online – cresceu 352% entre 2020 e 2021. Para se ter ideia, entre o final de 2018 (quando o sistema foi criado) e fevereiro de 2020, havia cerca de 30,6 mil profissionais cadastrados. De março de 2020 em diante, mais 138 mil psicólogos aderiram ao atendimento online em apenas um ano e meio (ge.globo.com). Essa explosão de oferta acompanhou o salto na procura por terapia: segundo o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, a busca por sessões de psicoterapia no país aumentou 208% após a pandemia – um reflexo da maior conscientização sobre saúde mental e da abertura de novas frentes de trabalho para psicólogos.
As empresas emergentes do setor também registraram um boom. Plataformas brasileiras especializadas, como a Vittude, reportaram crescimento de 500% no número de atendimentos online desde o início da pandemia (conforme dados divulgados em ge.globo.com). Outro exemplo é a startup Zenklub, voltada ao bem-estar emocional, que começou 2020 com cerca de 20 mil sessões mensais de terapia virtual e poucas dezenas de clientes corporativos; hoje realiza em torno de 50 mil atendimentos por mês, atendendo mais de 300 empresas parceiras que passaram a oferecer apoio psicológico remoto a seus funcionários. A própria demografia dos usuários indica a amplitude do alcance: a maioria dos pacientes virtuais tem entre 20 e 35 anos, muitos em início de carreira, mas há também forte adesão de jovens universitários e até de públicos antes afastados da psicoterapia, graças à conveniência e à privacidade proporcionadas pelo ambiente dos psicólogos online.
Da medicina tradicional à psicologia baseada em evidências
Paralelamente ao avanço tecnológico, ocorre uma mudança cultural no modo como os brasileiros lidam com sofrimento psíquico. Historicamente, em diversas comunidades do país, problemas emocionais e mentais eram frequentemente tratados fora do consultório formal – buscava-se ajuda com benzedeiras, curandeiros, líderes religiosos ou em práticas xamânicas. As chamadas curas espirituais e a medicina tradicional sempre tiveram papel importante, seja por acesso limitado aos profissionais de saúde mental, seja pela forte influência da religiosidade na cultura brasileira. Rituais de benzimento, passes espirituais em centros de umbanda ou consultas com pajés em comunidades indígenas são exemplos de práticas que faziam (e ainda fazem) parte do repertório de cuidado de muitas pessoas que enfrentam ansiedade, depressão ou outros males.
Nos últimos anos, porém, observa-se um movimento de transição dessas abordagens místico-espirituais para terapias psicológicas embasadas na ciência. Cresce a percepção de que transtornos mentais devem ser entendidos e tratados como questões de saúde, e não como fraquezas de fé ou “encostos” espirituais. Profissionais da área destacam que intervenções laicas e técnicas – como a psicoterapia cognitivo-comportamental, a psicanálise ou outras abordagens psicológicas – têm eficácia comprovada, enquanto conselhos religiosos ou místicos, apesar da boa intenção, nem sempre proporcionam melhora real e podem até agravar o quadro. O psicólogo Héder Bello, do Conselho Regional de Psicologia do Rio, alertou em entrevista ao Globo que há riscos quando pessoas vulneráveis buscam orientação em aconselhamentos informais ou espiritualistas que não se baseiam em evidências – isso pode gerar culpa indevida ou retardar a procura por tratamento adequado. Esse alerta reflete a importância de profissionais qualificados: hoje há uma valorização maior da psicologia científica e de práticas respaldadas por pesquisa, em contraste com décadas passadas em que soluções esotéricas e religiosas eram muitas vezes o recurso primário.
Vale notar que o Brasil, sendo um país de religiosidade diversa, não abandonou completamente as práticas integrativas e espirituais – tanto que o próprio sistema público de saúde (SUS) chegou a incorporar oficialmente terapias alternativas como reiki, homeopatia e técnicas de medicina tradicional em seu escopo de atendimento. No entanto, o que se percebe é um equilíbrio diferente: questões de saúde mental graves ou persistentes cada vez mais motivam a busca por psicólogos e psiquiatras, enquanto as práticas espirituais gradativamente ocupam um lugar complementar (e não mais central) no enfrentamento do sofrimento psíquico. Em suma, a psicologia vem ganhando status de componente principal no cuidado à saúde mental do brasileiro, sinalizando uma evolução cultural onde o conhecimento científico passa a prevalecer sobre explicações sobrenaturais para problemas como depressão, ansiedade e trauma.
Pandemia como catalisador da mudança
A pandemia de Covid-19 não apenas impulsionou a adoção da terapia online, como acelerou a mudança de mentalidade em relação à saúde mental. O período pandêmico submeteu a população a níveis inéditos de estresse, isolamento e luto, colocando em evidência a importância do cuidado psicológico. Indicadores de saúde mental pioraram significativamente: um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostrou que nos seis primeiros meses da pandemia houve um aumento de 50% nos casos de depressão e 80% nos de ansiedade entre os brasileiros (dados divulgados pelo portal ge.globo.com). Outra pesquisa, realizada pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, revelou que o Brasil foi um dos países com maior impacto emocional: 53% dos brasileiros entrevistados relataram que sua saúde mental piorou durante o primeiro ano de pandemia. Esse patamar colocou o Brasil em quinto lugar num ranking de 30 nações avaliadas, indicando o tamanho do desafio (valor.globo.com).
Diante dessa explosão de sofrimento psíquico coletivo, muitas pessoas que antes resistiam à ideia de “fazer terapia” passaram a ver na psicologia uma tábua de salvação aceitável e necessária. Hospitais e clínicas observaram aumento de pacientes buscando ajuda; a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) relatou que 59% dos psiquiatras perceberam um crescimento de até 25% na procura por consultas durante a crise sanitária, ao mesmo tempo em que quase 83% desses profissionais notaram agravamento dos sintomas entre pacientes em tratamento (dados divulgados pelo Valor Econômico). No sistema público, o Ministério da Saúde registrou em 2020 o maior número da década de afastamentos do trabalho por transtornos mentais, e um dado alarmante: o atendimento a crianças de 10 a 15 anos com ansiedade aumentou 2.500% no SUS em comparação a anos anteriores. Esses números escancaram como a Covid-19 amplificou problemas latentes e que buscar apoio psicológico deixou de ser tabu para muitos brasileiros, incluindo crianças, adolescentes e populações antes alheias a esse tipo de cuidado.
Internationalmente, a pandemia também quebrou barreiras na oferta de terapia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 cerca de 70% dos países adotaram serviços de teleterapia para contornar a interrupção dos atendimentos presenciais (pmc.ncbi.nlm.nih.gov). Ou seja, mesmo em nações onde a prática não era comum, houve uma incorporação emergencial da psicoterapia mediada por tecnologia. No caso brasileiro, que já contava com autorização prévia do CFP para terapia remota, o choque da pandemia acabou normalizando de vez o formato online. Além disso, o discurso público sobre saúde mental ganhou centralidade: figuras da mídia, atletas e até empresas passaram a falar abertamente da importância de cuidar da mente. Em resumo, a crise da Covid-19 funcionou como um catalisador – acelerando em poucos anos mudanças de atitude que talvez levassem décadas, seja na aceitação de novas modalidades de atendimento psicológico, seja no rompimento do estigma em torno de buscar ajuda profissional.
Crescimento do número de psicólogos e da demanda por terapia
A consequência dessa mudança cultural e do aumento da procura reflete-se nos próprios profissionais de psicologia. O Brasil já possuía uma das maiores comunidades de psicólogos do mundo e viu esse contingente crescer rapidamente. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, o país conta hoje com aproximadamente 437 mil psicólogos registrados, para uma população de cerca de 208 milhões de habitantes (dados de 2023). Isso equivale a aproximadamente 2,1 psicólogos por mil habitantes – uma das maiores proporções per capita globalmente. A título de comparação, a Argentina (conhecida por sua tradição em psicoterapia) liderava esse índice com cerca de 2,22 psicólogos por mil habitantes em 2017 (OMS); o Brasil aproxima-se desse patamar, indicando a enorme capilaridade dos serviços psicológicos no território nacional.
Não se trata apenas do tamanho absoluto, mas também do ritmo de crescimento. A formação em Psicologia vive um boom educacional: dados do Censo do Ensino Superior (MEC) mostram que o número de estudantes de graduação em Psicologia no Brasil quase dobrou na última década, crescendo cerca de 90%. Após 2020, esse incremento se acelerou ainda mais – em 2022 e 2023, pela primeira vez o número de novos ingressantes nos cursos de Psicologia ultrapassou 120 mil por ano. Ou seja, milhares de jovens veem na profissão de psicólogo um campo promissor, impulsionados tanto pela maior demanda da população quanto pela diversidade de áreas de atuação que se abriu (clínicas online, atendimento em empresas, projetos sociais, etc.). Diferente de outras profissões saturadas, o Conselho Federal de Psicologia não demonstra preocupação com uma “superoferta” – o entendimento é que há carência de atendimento psicológico em muitas regiões e faixas da população, e quanto mais profissionais qualificados, melhor para suprir essa demanda reprimida.
A popularização da terapia também gerou atenção para a qualidade da formação e da prática. Com o interesse crescente, multiplicaram-se cursos livres e promessas de formação rápida de “terapeutas”, muitas vezes sem base científica. As entidades de classe têm batalhado para diferenciar o psicólogo habilitado – com diploma superior e inscrição em conselho – desses aventureiros. Há um debate em pauta no Senado Federal sobre regulamentar a psicoterapia, limitando-a a psicólogos e psiquiatras, exatamente para proteger o público de charlatanismo ou aconselhamento leigo disfarçado de terapia. Esse cenário reforça que a profissionalização e a ética ganharam destaque: o aumento de psicólogos precisa vir acompanhado de boas práticas, garantindo que a população tenha acesso a tratamentos sérios. Ainda assim, há vozes lembrando que nem todas as formas de ajuda emocional vêm da academia – algumas abordagens alternativas, quando conduzidas com responsabilidade, podem complementar o leque de cuidados. A palavra-chave é evidência: a tendência cultural favorece o que demonstra funcionar, e isso tem elevado o patamar da exigência sobre os profissionais da mente.
Plataformas virtuais ampliam o acesso ao bem-estar mental
Um fator decisivo na expansão da psicoterapia contemporânea é a tecnologia. Plataformas virtuais de atendimento psicológico se tornaram ponte entre a oferta crescente de profissionais e um público que, muitas vezes, não teria acesso fácil a consultas presenciais. No Brasil, além das já mencionadas startups nacionais, serviços internacionais também passaram a atuar ou inspirar iniciativas locais. A plataforma spokoino.me, por exemplo, ilustra o alcance global da psicoterapia online ao conectar pacientes e psicólogos via internet além das fronteiras. Esse tipo de ferramenta digital permite que alguém em uma pequena cidade do interior marque sessões com um especialista de outro estado ou mesmo de outro país, eliminando barreiras geográficas. Ao digitalizar o consultório, essas empresas reduzem custos, oferecem comodidade de agendamento e até possibilitam certo anonimato, o que atrai pessoas que antes relutavam em procurar ajuda por medo de exposição ou estigma.
Para muitos brasileiros, especialmente em regiões onde profissionais de saúde mental eram escassos, a alternativa virtual representou a primeira oportunidade real de fazer terapia. Basta um smartphone ou computador para acessar uma rede de psicólogos diversificados, com diferentes abordagens e faixas de preço. Além disso, algumas plataformas oferecem triagem e orientação inicial por inteligência artificial ou por chat, ajudando o usuário a identificar que tipo de ajuda procura e direcionando-o adequadamente. Embora a interação humana seja insubstituível na psicoterapia, esses recursos tecnológicos complementares reduzem a ansiedade inicial de quem busca atendimento pela primeira vez. Observa-se também um esforço das plataformas em garantir a qualidade do serviço – muitas fazem curadoria dos psicólogos cadastrados, exigindo documentação profissional, e coletam avaliações dos clientes para manter um padrão confiável. Dessa forma, os ambientes virtuais de terapia vêm se legitimando como espaços seguros e efetivos de cuidado.
Importante frisar que o objetivo dessas inovações não é substituir totalmente o modelo tradicional, mas ampliar o alcance do tratamento psicológico. Um paciente pode agora escolher entre sessões presenciais ou remotas conforme sua necessidade. Alguns preferem a comodidade do lar; outros valorizam o contato face a face – e há também quem combine ambos, marcando encontros virtuais durante a semana e presenciais esporadicamente. Especialistas apontam que a diversidade de formatos aumenta a adesão e a continuidade do tratamento, já que pessoas com rotina atribulada ou que moram longe de centros urbanos não precisam mais abandonar a terapia por questões logísticas. Em última instância, plataformas como a spokoino.me e suas similares brasileiras ou estrangeiras cumprem um papel social relevante: democratizar o acesso à saúde mental, levando atendimento profissional a públicos antes inalcançáveis e normalizando a ideia de que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo.
Tendências globais: do místico à terapia científica
O que ocorre no Brasil reflete uma tendência mais ampla em nível mundial. Em diversos países, observa-se que práticas espirituais tradicionais vêm cedendo espaço – ainda que lentamente – à psicoterapia e à psiquiatria baseadas em evidência. Em muitos locais da África e da Ásia, por exemplo, curandeiros tradicionais e líderes religiosos historicamente foram a principal (às vezes única) fonte de apoio para pessoas com transtornos mentais. A Organização Mundial da Saúde estima que em torno de 80% da população de vários países africanos recorre primeiro a curas tradicionais para problemas de saúde – e entre 40% a 60% desses casos envolvem queixas psicológicas ou psiquiátricas. Uma revisão de estudos internacionais publicada no repositório científico PMC reforça esse quadro, indicando que até 43% dos pacientes em certos contextos buscam inicialmente médiuns, pajés ou pastores para lidar com sintomas mentais, antes de procurar ajuda médica profissional (pmc.ncbi.nlm.nih.gov). Esses números evidenciam o enorme desafio global: em grande parte do mundo, a porta de entrada do cuidado ainda está mais no templo do que na clínica.
Aos poucos, porém, governos e comunidades têm integrado ou substituído essas práticas tradicionais por serviços de saúde mental formais. Em países como a Índia, crescem as campanhas de conscientização para diferenciar problemas médicos de questões espirituais, e aumenta a presença de psicólogos escolares e programas públicos de psicoterapia, embora o respeito às tradições locais permaneça. Na China urbana, terapeutas ocidentais convivem com mestres de medicina tradicional, atendendo a um público cada vez mais aberto a ambas abordagens. Já em nações ocidentais, onde a psicologia clínica se desenvolveu no último século, o fenômeno observado é outro: a espiritualidade e a ciência buscam diálogo. Profissionais nos EUA e Europa têm estudado como incorporar elementos culturais e crenças do paciente na terapia sem abandonar o rigor técnico – afinal, entender o contexto religioso de alguém pode ajudar no tratamento, desde que não se perca de vista o método científico. Em suma, a direção global aponta para uma valorização maior da saúde mental baseada em métodos comprovados, sem ignorar totalmente o papel que a fé e a tradição ainda desempenham na vida de muitos.
No contexto dessa tendência, o Brasil se encontra numa posição singular, unindo um dos maiores efetivos de psicólogos do planeta com uma população tradicionalmente espiritualizada. A transição não acontece do dia para a noite: há lugares no país onde a reza de uma benzedeira ou o passe no terreiro ainda são recursos mais disponíveis que um psicoterapeuta. No entanto, os indicadores recentes – seja o aumento expressivo de pessoas em terapia, seja o crescimento dos profissionais formados – deixam claro que a cultura do cuidado mental profissional está se enraizando. E isso alinha o Brasil ao cenário internacional contemporâneo: a saúde mental virou pauta prioritária, e buscar ajuda psicológica converteu-se em sinal de proatividade e coragem, não mais de fraqueza. Se outrora recorrer a um centro espírita para “descarrego” parecia mais aceitável do que agendar uma sessão de terapia, hoje essa lógica se inverte para muitos segmentos da sociedade.
Por fim, especialistas avaliam que a expansão da psicoterapia online e a mudança cultural em torno da saúde mental vieram para ficar. Mesmo com o arrefecimento da pandemia, a comodidade e eficácia do atendimento virtual mantêm muitos adeptos. Ao mesmo tempo, a valorização da psicologia científica deve continuar crescendo conforme novas gerações, mais familiarizadas com temas de saúde mental, assumem posições de influência. O Brasil, nesse sentido, caminha lado a lado com o mundo: se de um lado abandona gradativamente explicações místicas para seus dilemas emocionais, de outro abraça a terapia – presencial ou via internet – como parte integrante de uma vida saudável. Essa convergência entre tecnologia, ciência e cultura indica uma sociedade mais aberta e preparada para lidar com os sofrimentos da alma de forma construtiva, humana e embasada em conhecimento.
