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A dura missão de Aécio: superar Serra e Alckmin

Eventual repetição do candidato do PSDB à Presidência em 2018 é mais complexa do que aparenta; embora tenha terminado as eleições maior do que começou, o senador Aécio Neves (MG) deve enfrentar obstáculos políticos e concorrentes de peso para se manter como maior aposta do partido contra o PT; no Senado, onde recebeu críticas pela atuação "tímida", Aécio terá a concorrência de José Serra, com quem já travou intensas disputas internas; com a máquina paulista e reeleito no primeiro turno com expressivos 57% dos votos, governador Geraldo Alckmin é outro nome forte a fazer frente a Aécio; desafio inicial é manter o comando da legenda; dependendo de como se movimentarão as principais peças do PSDB, Aécio Neves pode chegar a 2018 bem menor do que em 2014

Eventual repetição do candidato do PSDB à Presidência em 2018 é mais complexa do que aparenta; embora tenha terminado as eleições maior do que começou, o senador Aécio Neves (MG) deve enfrentar obstáculos políticos e concorrentes de peso para se manter como maior aposta do partido contra o PT; no Senado, onde recebeu críticas pela atuação "tímida", Aécio terá a concorrência de José Serra, com quem já travou intensas disputas internas; com a máquina paulista e reeleito no primeiro turno com expressivos 57% dos votos, governador Geraldo Alckmin é outro nome forte a fazer frente a Aécio; desafio inicial é manter o comando da legenda; dependendo de como se movimentarão as principais peças do PSDB, Aécio Neves pode chegar a 2018 bem menor do que em 2014 (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) terminou as eleições presidenciais maior do que começou. Conseguiu amealhar um patrimônio político de 51 milhões de votos, o que o torna, em tese, uma opção natural das forças de oposição para disputar novamente o Planalto em 2018. 

Apesar de ter protagonizado o maior feito do PSDB frente ao PT nas últimas quatro eleições, Aécio Neves enfrenta desde já a dura batalha para se firmar como principal opção do partido. O cenário estará mais disputado. Primeiro no Senado, onde é criticado por aliados por ter sido pouco atuante, Aécio enfrentará a concorrência do tucano José Serra, que não esconde de aliados o desejo de concorrer novamente à Presidência, e com quem Aécio travou por anos disputa interna. 

Serra foi candidato a presidente em 2002, quando perdeu no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em 2010, quando recebeu mais de 47 milhões de votos, mas foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff (PT). 

Outro "peso pesado" do PSDB no caminho de uma segunda candidatura de Aécio Neves é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Reeleito no primeiro turno, com expressivos 57% dos votos, é um candidato quase natural do tucanato paulista. Mas Alckmin trata do assunto com reservas.  

Alckmin concorreu ao Planalto em 2006, contra o ex-presidente Lula. Desde então, dedicou-se a remontar suas forças em São Paulo. Tentou se eleger prefeito da capital em 2008 e perdeu. Voltou em 2010 elegendo-se governador no primeiro turno.

Reivindicando sua relevância no tabuleiro das mexidas no xadrez tucano está o senador Álvaro Dias, do Paraná. Reeleito com a maior votação que um senador teve no país, Dias manda um recado direto para Aécio. "O PSDB precisa parar de analisar seus quadros apenas entre São Paulo e Minas".

Presidência do PSDB

Passo importante para consolidar o projeto do senador mineiro para 2018 é continuar no comando do PSDB. Aécio preside a sigla desde 2013 e pode enfrentar oposição de São Paulo para ficar no posto. A nova diretoria será escolhida no ano que vem.

A permanência na chefia da legenda é vital para o senador dar outros passos. O primeiro: manter uma agenda intensa de viagens pelo país, especialmente no Nordeste, onde o PSDB teve seu pior desempenho na eleição, não elegendo nenhum governador. 

Em outro lance vital, a presidência da sigla também dará ao mineiro a possibilidade de intervir diretamente na escolha das alianças e candidaturas para as próximas eleições municipais, em 2016.

Dependendo das variáveis e de como de movimentarão as principais peças do PSDB, Aécio Neves pode chegar a 2018 bem menor do que em 2014.

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