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A verdade sobre a Lava Jato: TV 247 entrevista Tacla Duran nesta segunda-feira

O advogado, que prestou serviços para a Odebrecht, tinha depoimento marcado na Câmara dos Deputados, mas teve que adiar em razão de manobra de Moro e Gabriela Hardt

Montagem (da esq. para a dir.): Deltan Dallagnol, Sergio Moro e Tacla Duran (Foto: Reprodução)
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Por Joaquim de Carvalho, 247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran dará entrevista exclusiva à TV 247 no Bom Dia desta segunda-feira (19), para falar das denúncias sobre Sergio Moro, do exílio na Espanha e também das razões pelas quais teve que adiar seu depoimento na Câmara dos Deputados, que estava marcado para essa mesma data. A entrevista está programada para ter início às 7h30.

A principal razão do adiamento é uma manobra processual ilegal de Sergio Moro cometida quando ele ainda era juiz e que foi referendada por Gabriela Hardt depois do afastameto de Eduardo Appio por decisão da corte administrativa do Tribunal Federal Regional da 4a. Região (TRF-4).

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Tacla Duran é perseguidi pela turma de Sergio Moro em Curitiba desde 2016, depois que teve uma conversa pelo aplicativo Wickr com o também advogado Carlos Zucolotto Júnior, padrinho de casamento de Moro e Rosângela Moro. 

Tacla Duran apresentou print de tela do celular de conversas com Zucolotto em que este pede 5 milhões de dólares por fora para conseguir benefícios num acordo de delação premiada. 

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Tacla Duran também já apresentou o comprovante de uma transferência bancária para o advogado Marlus Arns no valor de 612 mil dólares (cerca de 3 milhões de reais) como pagamento de uma parcela do que seria a propina exigida por Zucolotto.

"Paguei para não ser preso", disse Tacla Duran em entrevista a Jamil Chade, do UOL. Zucolotto era sócio de Rosângela Moro e Marlus Arns, parceiro dela em ações da Federação das Apaes do Paraná e também em processos de interesse da família Simão, num caso que ficou conhecido no Paraná como Máfia das Falências.

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Em conversas acessadas por Walter Delgatti no arquivo de Deltan Dallagnol no Telegram, os procuradores discutem como "ferrar" Tacla Duran. O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação Spoofing.

No diálogo, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a multinacional. 

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"Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse o procurador, que foi um dos primeiros integrantes da Lava Jato, a convite de Deltan Dallagnol, nos primeiros meses de 2014.

Martelo é marido de Letícia Pow, na época coordenadora da área criminal do Ministério Público Federal em Curitiba. Em seu livro "A luta contra a corrupção", Dallagnol conta que a ideia de formar uma força-tarefa foi de Letícia Pohl.

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Deltan Dallagnol omite que a força-tarefa só foi possível depois que o procurador José Soares Frisch se afastou da Vara de Moro, depois que havia dado parecer em que alertava para a ilegalidade das investigações sobre que viriam a ser conhecidas como Lava Jato.Em entrevista à TV 247, Soares Frisch disse que trocou de posto com Dallagnol, mas não quis revelar os motivos pelos quais deixou a jurisdição de Moro. "Prefiro não revelar os motivos pessoais pelos quais troquei de posto com Deltan Dallagnol", afirmou ele, como está publicado no documentário "O hacker que mudou a história do Brasil".

Tacla Duran, sete anos depois de deixar o Brasil e se tornar testemunha protegida nos Estados Unidos e em outros países, terá a oportunidade de revelar o que foi, de fato, a Lava Jato. O que se sabe é que Deltan Dallagnol e Sergio Moro enriqueceram.

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Orlando Martello, que queria "ferrar" Tacla Duran, também se beneficiou diretamente da Lava Jato. Ele é um dos procuradores que receberam diárias para trabalhar em Curitiba. Em valores atualizados, essas diárias ultrapassam 1 milhão de reais. Diárias que, conforme julgamento do Tribunal de Contas da União, foram ilegais.

 


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