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      Aécio: 2012 é o pior ano do século para economia

      Senador critica ações do governo Dilma para estimular crescimento e diz que popularidade é como colesterol, a boa transforma, a outra paralisa

      Aécio: 2012 é o pior ano do século para economia
      Roberta Namour avatar
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      247 – Agora candidato do PSDB à eleição presidencial de 2014, Aécio Neves elege 2012 como o pior ano do século para a economia brasileira. Em um artigo na Folha, senador diz que em dois anos de governo Dilma Rousseff desperdiçou a capacidade de crescimento do país com pacotes inoperantes. Leia:

      O pior ano do século

      Desde que o século 21 começou, a economia brasileira vive o seu pior ano: dados do PIB apontam, no terceiro trimestre, um crescimento de apenas 0,7% em relação ao anterior e indicam que fecharemos 2012 no patamar de 1%.

      A inflação em alta superou o centro da meta e as projeções indicam que tende a crescer ainda mais. Os investimentos continuam em queda livre.

      Os dois primeiros anos do atual governo foram períodos perdidos para a economia, para o país e para a sociedade brasileira -os resultados de 2012 conseguem ser ainda piores que os de 2011, quando o PIB registrou medíocre crescimento de 2,7%.

      Foi um período de desperdício da capacidade de crescimento do Brasil e de explícita inoperância dos sucessivos "pacotes" anunciados com estardalhaço. Desnuda, ainda, a manipulação das autoridades econômicas de tentar vender à sociedade um ambiente de otimismo, que, agora, se confirma fantasioso. O governo federal começou o ano prometendo crescimento de 4% para o PIB.

      O mundo real mostra que o Brasil crescerá bem menos que os emergentes -Rússia (2,9%), China (7,4%) e Índia (5,3%)-, ficando, ainda, abaixo da média da América do Sul (2,7%) e a um terço da média da América Latina e do Caribe (3,1%), só à frente do Paraguai.

      O contraditório é que, mesmo assim, a máquina governamental bate novos recordes de arrecadação. Essa exuberância fiscal pouco tem contribuído para reverter a agenda negativa ou mesmo reabilitar os entes federados, à beira da insolvência em face da grave concentração de recursos e de poder em Brasília.

      Está claro que não dá mais para responsabilizar as crises externas por tudo o que acontece no país. É uma terceirização que visa absolver os que vêm adotando uma sucessão de medidas equivocadas.

      É hora de retomar as reformas iniciadas sob o governo Fernando Henrique Cardoso e paralisadas pelo petismo na última década.

      Não se compreende por que o governo não coloca a serviço do país a ampla maioria que possui no Congresso Nacional e os índices de aprovação indicados pelas pesquisas, que poderiam criar as bases políticas necessárias para viabilizar as grandes mudanças que o Brasil precisa.

      Já disse antes que popularidade é como colesterol: tem a boa e a ruim. A boa é aquela que é usada como instrumento para a superação de desafios que sufocam o país. A ruim é aquela que inebria, que faz seus detentores, na expectativa de mantê-la indefinidamente, acomodarem-se, evitando qualquer tipo de contencioso, e que acaba custando caro aos brasileiros.

      Uma transforma, a outra paralisa. Uma serve à pátria. A outra, ao poder.

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