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      Aécio e Agripino: Não houve convite de Dilma

      Presidentes do PSDB e do DEM, senadores Aécio Neves (MG) e José Agripino Maia (RN) negam ter sido convidados pela presidente Dilma Rousseff para discutir a realização de um plebiscito para a reforma política; noticiário dava conta de que apenas o oposicionista PSOL do senador Randolfe Rodrigues havia aceitado convite para conversar com o Palácio do Planalto; "É tanto boato, é tanta informação truncada sobre esse propalado encontro que parece que o governo não quer realizá-lo", disse Agripino por nota

      Aécio e Agripino: Não houve convite de Dilma
      Rodolfo Borges avatar
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      247 - O noticiário dava conta de que a presidente Dilma Rousseff se reuniria nesta segunda-feira apenas com o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o deputado Ivan Valente (SP), líderes do PSOL no Senado e na Câmara, parlamentares do único partido da oposição que aceitaram se reunir com a presidente para debater a realização de plebiscito para a reforma política. Diante da notícia de que PSDB, DEM e PPS recusaram o chamamento para a conversa no Palácio do Planalto, os senadores Aécio Neves (MG) e José Agripino Maia (RN), presidentes de PSDB e DEM, respectivamente, já se adiantam: não foram convidados para nenhuma reunião.

      Agripino divulgou nesta tarde uma nota em que diz não ter recebido qualquer convite para se encontrar com Dilma. "É tanto boato, é tanta informação truncada sobre esse propalado encontro que parece que o governo não quer realizá-lo", disse Agripino, em nota curta.

      Também nesta tarde, o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), que é presidente nacional da legenda, disse que não iria à reunião com a presidente Dilma marcada para as 15 horas desta segunda. De acordo com Valente, foi feita uma consulta à Executiva do partido, que optou por declinar do convite. "Foi feita uma consulta prévia à Executiva, que sinalizou que a plataforma do partido precisa ser, antes, apresentada à sociedade", justificou.

      A assessoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) informou que ele participa da reunião sem representar o partido. Esta é a primeira vez que Dilma convida para um encontro um partido de oposição. Ainda se espera que a Presidência da República convide outros partidos da oposição para discutir, entre outros assuntos, a proposta de plebiscito sobre a reforma política.

      Leia reportagem anterior, que dava conta de que o convite de Dilma havia sido negado:

      247 – Não haverá bandeira branca entre oposição e governo em torno da crise política aberta pelas manifestações estudantis em todo o País. Na manhã desta segunda-feira 1, os presidentes do PSDB, Aécio Neves, DEM, José Agripino Maia, e PPS, Roberto Freire, confirmaram suas ausências na reunião que seria feita à convite da presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Apenas o PSOL, com seu presidente Ivan Valente e o senador Randolfe Rodrigues, aceitou participar. O encontro tem como pauta a reforma política.

      A presidente Dilma está decidida a fazer a reforma política via plebiscito e em três temas, conforme apurou 247.

      O primeiro é o que vai sendo chamado no Palácio do Planalto de "geografia do voto", no qual entrará a questão sobre a implantação do voto distrital no País.

      O segundo é o "sistema do voto", em que uma indagação sobre o voto em listas de nomes, em lugar do atual sistema proporcional, poderá ser colocada.

      E o terceiro trata do "financiamento do voto", capítulo em que, a depender da vontade presidencial, haverá consulta sobre o financiamento público de campanhas.

      RECUSA EM BLOCO - O tom da oposição partidária contra o governo vinha ganhando agressividade desde o início do ano, mas agora, definitivamente, qualquer vestígio de ponte entre as duas parte se rompeu. Atuando como um bloco partidário, com ações e comunicados conjuntos, PSDB, DEM e PPS deixaram claro, com a recusa ao chamado da presidente, que a missão de resolver os impasses com a sociedade é dela – e que eles têm uma fórmula bem diferente da que vai sendo apresentada por Dilma, a de uma reforma política por meio de um plebiscito. Tucanos, democratas e socialistas advogam um referendo, a ser realizado após o Congresso propor uma grande emenda constitucional à Carta atual.

      Além do aquecimento do debate eleitoral, pesou na decisão dos três partidos o histórico do PT de ter se recusado, no passado, a dialogar em momentos de tensão. Em vários discursos, o presidenciável tucano Aécio Neves lembrou que o partido de Dilma e do ex-presidente Lula se recusou a votar em seu avô Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985, quando estava em jogo a superação da ditadura militar via Congresso, e não assinou a Constituição de 1988. Um troco é dado agora, quando quem precisa de sustentação mais ampla é o PT. Outros virão.

       

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