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Agenda de Aécio candidato resgata planos de FHC

Coerência com a história econômica do PSDB é a primeira palavra de ordem do favorito a ser o candidato do partido a presidente em 2014; senador Aécio Neves já rascunha plano que prevê parcerias estatais com mais espaço para a iniciativa privada e até o resgate pontual das privatizações; luminares da área econômica dos governos Fernando Henrique são seus principais assessores informais

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247 – O senador Aécio Neves está sem medo de ser coerente. Favorito para ser o candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, ele investe no resgate da plataforma econômica do partido para rascunhar os primeiros motes de seu discurso de campanha. Tudo feito a partir de reuniões com luminares dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, como Armínio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha. Refazer os conceitos de parcerias público-privadas, com mais espaço para as empresas em relação ao Estado, e retomar pontualmente o programa de privatizações são dois temas que já formam um consenso entre os conselhos dos assessores informais e o pensamento do senador mineiro.

"O que eles estão falando é de parcerias mais ousadas, mais afirmativas com o setor privado", disse ao jornal Valor Econômico um tucano amigo de Aécio. "A privatização da telefonia celular está aí para mostrar como isso dá certo".

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Além de iniciar a formulação de sua plataforma, Aécio desenvolve, com as consultas ao antigo primeiro time econômico de FHC, um movimento político em tudo diferente dos dois candidatos a presidente pelo PSDB nas últimas três eleições. Os paulistas José Serra, em 2002 e 2010, e Geraldo Alckmin, em 2006, conduziram suas candidaturas sem dar ênfase às conquistas dos oito anos de governo do partido. Uma discrição que desperta, até hoje, críticas do próprio Fernando Henrique, que considera não ter sido defendido o suficiente contra o rótulo de "herança maldita" imposto pelo PT às suas realizações.

Com Aécio candidato, o discurso promete ser totalmente diferente. A ponto de ele já ter ouvido, mais de uma vez, do ex-presidente do BC Armínio Fraga, que a herança de FC a Lula foi, isso sim, "bendita". Prova está, lembrou Armínio nos encontros com o senador, que toda a política econômica do governo Lula foi de continuidade da praticada nos anos FHC (1995-2002).

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Até a economista Elena Landau, a chamada musa das privatizações de FHC, está sendo chamada a se integrar ao grupo de economista que confabulam com Aécio. O grupo já realizou quatro reuniões com ele no Rio de Janeiro, a última num almoço no dia 26 de dezembro, em seu apartamento na Zona Sul.

À luz das derrotas dos candidatos tucanos que relegaram a um segundo plano as experiências bem sucedidas do governo FHC, Aécio pretende, a partir do segundo semestre deste ano, quando passar a ocupar as ruas com seus discursos de campanha, enfrentar o debate de cabeça erguida. Ele parte do princípio que, como tucano de quatro costados que é, tem de desfraldar para valer as bandeiras econômicas do partido, devidamente atualizadas e renovadas, se quiser empolgar o eleitorado. Coerência, assim, é sua primeira palavra de ordem.

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