Agnelo e Rui Falcão fazem raio-x da crise em Brasília
A convite do governador Agnelo Queiroz, presidente do PT desembarca na capital para traar cenrios sobre duas CPIs: a de Carlos Cachoeira, no Congresso, e a da arapongagem, na Cmara Distrital
247 – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, viveu, nesta terça-feira, um dia de emoções fortes e ambivalentes. A melhor notícia veio logo pela manhã com a divulgação do PAC da mobilidade, que contempla Brasília com R$ 2 bilhões para obras de transporte – recursos que permitirão levar o metrô até a Asa Norte. À noite, no entanto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anunciou que poderá investigar Agnelo por suas supostas ligações com o grupo de Carlos Cachoeira.
A crise se desenvolve em vários planos paralelos. No Congresso Nacional, os parlamentares indicados pela oposição para a CPI de Carlos Cachoeira farão de tudo para aprovar a convocação do governador do Distrito Federal. Na Câmara Distrital, as relações com a base aliada se tornam mais tensas desde que foi aprovada a CPI da Arapongagem. E há ainda a investigação aberta por Roberto Gurgel, que se sente pressionado porque, até agora, o Ministério Público também não foi capaz de denunciar o ex-governador José Roberto Arruda e também por que o próprio Gurgel engavetou durante dois anos o caso do senador Demóstenes Torres.
Para medir a temperatura da crise e traçar cenários, Agnelo convidou ao Buriti o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que vem a Brasília a convite do governador. Uma nota publicada na revista Veja, já desmentida por Falcão, dizia que o PT iria propor a renúncia tanto de Agnelo quanto do vice Tadeu Filipelli, do PMDB. “Sem pé, nem cabeça”, declarou Falcão, por meio de sua assessoria. Até porque, se Agnelo renunciasse, não haveria qualquer motivo para que seu vice tomasse providência semelhante.
Falcão vem a Brasília para traçar um plano de gestão de crise, mas também para afiançar, publicamente, apoio ao governador. A visão do PT é clara: o esquema Delta-Cachoeira, que dominava Goiás, tentou, sem êxito, se infiltrar no DF. Além disso, sobre a arapongagem, o governo do Distrito Federal teria sido vítima da quadrilha do sargento Dadá – e não responsável pela autoria dos crimes.
Nos dois casos, caberá às duas CPIs e ao procurador-geral da República apurar onde está a verdade.
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