Ala da Polícia Federal condena "movimento político-ideológico e eleitoral" na corporação
Na reta final da eleição eclode luta entre alas divergentes na Polícia Federal

247 - Delegados da ativa da Polícia Federal entraram em rota de colisão nesta segunda-feira (26) que um grupo de delegados aposentados entrou com uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de uma investigação do ministro do STF Alexandre de Moraes por "abuso de autoridade", informa Malu Gaspar no jornal O Globo.
Em resposta, os delegados da ativa abriram uma nota de repúdio online em que acusam os aposentados de promoverem um "movimento político-ideológico e eleitoral", além de expressar opinião "desatualizada e desorientada".
Em grupos fechados de WhatsApp, delegados da ativa chamaram os aposentados de "aloprados" e os acusaram de agir politicamente para reforçar a posição de Jair Bolsonaro contra o STF na reta final da corrida eleitoral.
Na notícia-crime, protocolada na tarde desta segunda-feira (26), os delegados aposentados acusam o ministro do Supremo e o delegado Fábio Alvarez Shor, responsáveis pela operação de busca e apreensão sobre os empresários ligados a Jair Bolsonaro que trocaram mensagens de teor golpista via WhatsApp. Segundo eles, Moraes e Shor realizaram um "malabarismo jurídico" ao concluir que haveria motivos para concluir, a partir do vazamento das mensagens, que havia evidências de que eles estariam de fato organizando algum golpe.
Assim que o documento se tornou público, grupos de delegados da ativa no WhatsApp acusaram os aposentados de agir de forma política e inadequada ao emitir julgamento sobre o trabalho dos colegas.
De acordo com delegados da ativa, o grupo de aposentados "não representa a classe dos Delegados de Polícia Federal". Dizem ainda que a carta destinada ao PGR "revela mera opinião desatualizada e desorientada frente à Constituição Federal, assim como denota desprezo pela autonomia técnico-jurídica das Autoridades Policial e Judiciária que atuam no Inquérito Policial".
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