Aldo abre seu jogo: guerra às ONGs, paz com a CBF
Novo ministro do Esporte diz que no pretende fazer convnios com ONGs e nega ressentimentos em relao Confederao Brasileira de Futebol
Evam Sena_247, em Brasília - O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), afirmou hoje que não pretende fazer convênios com ONGs na sua gestão. Foi por suspeita de irregularidades em contratos com essas entidades que o ex-ministro Orlando Silva deixou a pasta ontem.
"Não pretendo fazer convênios com ONGs. Mas não vou acabar com os programas", afirmou Aldo, que se encontrou hoje pela manhã com a presidente Dilma Rousseff e confirmou sua escolha para o ministério. Ele foi indicado pelo PCdoB, que comanda a pasta desde 2003.
Orlando Silva foi acusado pelo policial militar João Dias Ferreira de ser o coordenador de um esquema de cobrança de propina de ONGs conveniadas com o ministério para abastecer o caixa do PCdoB. João Dias é presidente de duas entidades que tiveram contrato com a pasta, e chegou a ser preso por suspeita de fraude e notas fiscais.
Aldo Rebelo afirmou também que vai mudar a equipe do ministério. "Recebi da presidente a responsabilidade de montar minha equipe. Certamente haverá mudanças. Alguns cargos serão mantidos e outros serão mudadas pelo critério de escolha pessoal e técnica. A mudança não significará a condenação de ninguém", disse o comunista.
Ponto polêmico entre o governo brasileiro e a Fifa na Lei Geral da Copa, que é discutida na Câmara, a meia-entrada para estudantes nos jogos do campeonato foi defendida por Aldo. "Fui presidente da UNE (União Nacional do Estudantes) e uma das defesas foi a meia-entrada. Pelo que consta, isso é parte da legislação brasileira", disse. Ele declarou, no entanto, que vai defender a posição do governo.
O novo ministro acredita que o fato de ser presidente da CPI da Nike-CBF, em 2000 não vai atrapalhar seus trabalhos como representante do Brasil junto à Fifa e à CBF para a Copa de 2014. "Isso não gera nenhum recentimento na minha atuação como ministro. A Fifa, a CBF e o governo devem ter uma relação de cooperação e independência", afirmou.
Aldo comentou também a informação de que recebeu doação de campanha de patrocinadores da CBF para a eleição de 2010, de acordo com prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Se houve contribuição de parceiros da CBF e Fifa, isso não atingiu minha independência com qualquer que seja", disse.
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