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Altman: tucanos provocam Caracas e dobram Brasília

Ida da comitiva de senadores à Venezuela "não pode ser vista como uma operação isolada", afirma Breno Altman, diretor do Opera Mundi e colunista do 247; "O Senado, há muito tempo, abriga o principal bunker contra a política externa brasileira, jamais combatido com o rigor e persistência necessários", diz ele; para Breno Altman, "a intenção primária da turnê parlamentar estava evidente: alimentar as forças conservadoras venezuelanas, especialmente suas frações mais reacionárias, buscando isolar internacionalmente o governo de Nicolás Maduro"; ele também critica duramente a aprovação, no Congresso, de uma moção de repúdio à Venezuela, ato que recebeu apoio das bancadas do PT, PCdoB e Psol, e segundo ele, levou a "um dos dias mais vergonhosos na história da esquerda tupiniquim"

Ida da comitiva de senadores à Venezuela "não pode ser vista como uma operação isolada", afirma Breno Altman, diretor do Opera Mundi e colunista do 247; "O Senado, há muito tempo, abriga o principal bunker contra a política externa brasileira, jamais combatido com o rigor e persistência necessários", diz ele; para Breno Altman, "a intenção primária da turnê parlamentar estava evidente: alimentar as forças conservadoras venezuelanas, especialmente suas frações mais reacionárias, buscando isolar internacionalmente o governo de Nicolás Maduro"; ele também critica duramente a aprovação, no Congresso, de uma moção de repúdio à Venezuela, ato que recebeu apoio das bancadas do PT, PCdoB e Psol, e segundo ele, levou a "um dos dias mais vergonhosos na história da esquerda tupiniquim" (Foto: Gisele Federicce)

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247 – A ida da comitiva de senadores brasileiros à Venezuela, com o objetivo, segundo eles, de visitar líderes da oposição ao governo de Nicolás Maduro, "não pode ser vista como uma operação isolada", afirma Breno Altman, diretor do Opera Mundi e colunista do 247, em novo artigo.

"O Senado, há muito tempo, abriga o principal bunker contra a política externa brasileira, jamais combatido com o rigor e persistência necessários", escreve Altman, lembrando que os membros da Comissão de Relações Exteriores no Senado mantêm estreitos vínculos com o Departamento de Estado norte-americano.

"A intenção primária da turnê parlamentar estava evidente: alimentar as forças conservadoras venezuelanas, especialmente suas frações mais reacionárias, buscando isolar internacionalmente o governo de Nicolás Maduro, principal alvo da Casa Branca na América Latina. O outro objetivo tampouco esteve oculto: criar embaraços nas relações entre Brasil e Venezuela", afirma.

O jornalista critica também a aprovação, no Congresso, de uma moção de repúdio à Venezuela, proposta pelo deputado Nilson Leitão, líder do PSDB. "O líder do governo na casa, deputado José Guimarães (PT-CE), orientou o voto a favor. As bancadas do PT, PC do B e até do PSOL acompanharam a posição. Somente o medo em relação ao massacre midiático e altas dosagens de cretinismo parlamentar podem explicar atitude de tamanha pusilanimidade, abaixando a cabeça para a palhaçada golpista armada pelo PSDB", ataca. O episódio, diz ele, levou a "um dos dias mais vergonhosos na história da esquerda tupiniquim". 

Altman, por fim, questiona: "O que seria correto? Que o governo venezuelano reprimisse os manifestantes contra a ingerência tucana, para evitar a suposta 'hostilidade'? Que fosse abolido o direito dos venezuelanos se manifestarem contra delegações estrangeiras notoriamente a serviço da desestabilização do país?"

E conclui: "O fato é que, se os tucanos e seus sócios desempenharam a função sórdida que haviam anunciado, em pastelão contra a democracia e o direito internacional, o governo brasileiro e as principais forças de esquerda se dobraram à infâmia. Já passou a hora de compreender que não é possível lutar contra o golpismo e o retrocesso, aqui ou lá fora, através da genuflexão diante das ameaças que rondam a democracia".

Leia aqui a íntegra do texto.

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