Alvaro Dias: Delta deu R$ 421 milhões a ‘empresas fantasmas’
"Essas empresas laranjas são coadjuvantes no esquema de ocultação de valores da Delta. São receptoras dos recursos que a Delta recebia dos cofres públicos", denunciou o senador, pedindo mais quebras de sigilos bancários
Agência Senado - Com o objetivo de desviar recursos públicos provenientes de contratos com o governo, a Delta teria repassado pelo menos R$ 421 milhões para empresas de fachada – também chamadas de empresas laranjas ou fantasmas. Foi o que informou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Cachoeira.
– Essas empresas fantasmas não produzem nada nem prestam serviços, mas receberam valores muito significativos – ressaltou ele nesta terça-feira (4), ao voltar a defender a quebra dos sigilos bancários de mais 12 empresas.
O senador lembrou que a CPI já quebrou o sigilo de seis empresas, todas da Região Centro-Oeste, onde estavam concentradas as atividades ilícitas do contraventor Carlinhos Cachoeira. Mas ele afirma que isso não é suficiente, argumentando que é necessário quebrar o sigilo das outras 12 empresas, localizadas em diferentes regiões do país.
Assim como o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), para Alvaro Dias a comissão deveria investigar as ações da Delta em todo o país.
– Essas empresas laranjas são coadjuvantes no esquema de ocultação de valores da Delta. São receptoras dos recursos que a Delta recebia dos cofres públicos – declarou Alvaro Dias, afirmando ainda que esse "dinheiro sujo" envolve pagamento de propina, tráfico de influência e superfaturamento de obras.
Provas documentais
Alvaro Dias disse que depoimentos como os que vêm sendo feitos na CPI do Cachoeira "não acrescentam e, por isso, é necessário investigar quebrando sigilos, pois o que permite o acúmulo de provas documentais é a análise dos documentos que chegam à comissão".
– Dessa forma, poderemos ter ao final material de prova a ser encaminhado ao Ministério Público – avaliou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de a CPI não aprovar os requerimentos de quebra dos sigilos bancários das 12 empresas, o senador respondeu que "os fatos são contundentes e não há como negar a aprovação dessas solicitações".
– [Rejeitar esses requerimentos] seria afirmar que não desejamos investigar – afirmou ele.
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