Américo Lacombe será o relator da investigação de Ideli
Ministra das Relaes Institucionais ter de se explicar Comisso de tica da Presidncia da Repblica sobre a compra de 28 lanchas quando era da Pesca; ela j entregou sua defesa ao conselheiro
Fernando Porfírio _247 – O conselheiro Américo Lacombe, da Comissão de Ética da Presidência da República, vai ser o relator do pedido dos tucanos para investigar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ex-ministra da Pesca, e possíveis irregularidades na compra de 28 lanchas-patrulha, adquiridas entre dezembro de 2008 e março de 2011 pela pasta.
O anúncio foi feito depois da reunião da comissão, nesta segunda-feira (16). No próximo encontro, em 14 de maio, o relator do caso vai apresentar seu voto pela abertura ou não de procedimento ético contra a ministra. Ideli já entregou sua defesa ao conselheiro.
O conselheiro foi nomeado em 8 de março pela presidente Dilma Roussef. Lacombe é juiz federal aposentado e ocupou a presidência do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com sede em São Paulo. Ficou preso no início dos anos 70, acusado de subversão. Foi absolvido na Justiça Militar em 1975 e depois voltou à carreira.
No último dia 20, o PSDB entrou com uma representação na comissão para que fosse apurada possível conduta antiética na gestão de Ideli na Pesca, quando foi finalizado o pagamento das lanchas e foram levantadas suspeitas de que a empresa Intech Boating, que vendeu os equipamentos, seria doadora de campanha de Ideli ao governo de Santa Catarina, em 2010.
A compra foi feita na gestão de seu antecessor, o ex-ministro Altemir Gregolin. O contrato está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Em nota, a ministra se defendeu das acusações, disse que não tem ligações com a empresa e afirmou que a doação, no valor de R$ 150 mil, foi registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e feita pela empresa ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina --e não nominalmente à candidata Ideli Salvatti.
O presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, disse nesta segunda-feira (16), que o possível envolvimento do assessor de Ideli Salvatti, Olavo Noleto, com o caso Carlinhos Cachoeira, ainda não faz parte da pauta dos conselheiros.
De acordo com denúncias, Noleto teria conversado com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia, para tratar de um possível apoio do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) à candidatura de Dilma Rousseff em 2010.
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