Ao deixar o Ministério da Saúde, Nísia Trindade lamenta "campanha sistemática e misógina" contra seu trabalho

247 - A ministra Nísia Trindade (Saúde) deixou oficialmente o cargo nesta segunda-feira (10), e, em seu discurso no Palácio do Planalto, lamentou ter sido alvo de uma ampla campanha "misógina". Ela pediu a construção de uma política com mais respeito às mulheres. 

"Ainda que sinto predominantemente satisfação por ter servido a Lula e ao país, não posso esquecer da campanha sistemática e misógina contra meu trabalho. Não aceito como natural esse comportamento político. Devemos construir uma política com respeito às mulheres", disse a ministra cessante na cerimônia de transmissão do cargo para Alexandre Padilha, anteriormente na Secretaria de Relações Institucionais.

Por sua vez, Padilha será substituído por Gleisi Hoffmann, deputada federal que recentemente deixou a presidência do PT. Em seu discurso, ele destacou o papel de organismos internacionais, como a OMS, no Brasil. A organização é alvo de ataques do governo dos Estados Unidos, que se retirou dela. 

Ao longo de sua trajetória na pasta, Nísia foi alvo de pressão do Centrão, que vê no MS uma grande fonte de recursos para emendas parlamentares.