Após sete quedas, o 2º ministro sobrevive?
Fernando Bezerra passa ileso por comisso especial do Congresso Nacional e se fortalece depois de dias de intenso desgaste; ser que o pernambucano vai se unir a Fernando Pimentel, do Desenvolvimento,na alados sobreviventes?



247 – Fernando Bezerra Coelho parece se encaminhar para o seleto grupo de ministros que escaparam da demissão após semanas de intenso desgaste. O ministro pernambucano, que foi acusado de beneficiar seu estado em repasses de verbas para a prevenção de enchentes, se saiu bem no depoimento prestado à Comissão Representativa do Congresso Nacional na tarde desta quinta-feira e deve, ao que tudo indica, se juntar ao xará Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, na ala dos ministros que sobreviveram à “faxina” que vinha sendo conduzida pela presidente Dilma Rousseff.
As denúncias contra Bezerra – que contrapôs com números a acusação de ser reservado 90% da verba antienchentes para Pernambuco – chegaram na pior hora possível, logo no momento em que a presidente Dilma elabora sua reforma ministerial. Passado o pior momento, contudo, o ministro deve se sentir mais confortável quanto a sua permanência no ministério para além da reforma.
A permanência de Bezerra à frente da Pasta vinha sendo posta em dúvida devido à cobiça do Ministério da Ciência e Tecnologia pelo PT. Com a saída de Mercadante, que vai assumir a vaga deixada por Fernando Haddad na Educação, o PSB manifestou o desejo de voltar a ocupar o comando da Pasta, mas, para tanto, poderia ser forçado a se desfazer da Integração Nacional, como moeda de troca.
Pelo andamento do caso Bezerra, isso não parece estar nos planos da presidente Dilma, que podia ter aproveitado a confusão na Integração para se livrar do ministro sob um bom pretexto. Assim como ocorreu com Pimentel – que se envolveu em polêmica parecida com a que derrubou Antonio Palocci da Casa Civil, por causa de sua consultoria –, Bezerra pode, portanto, sair fortalecido da crise, e, ainda por cima, sabendo e fazendo saber que tem no PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, um fiador de peso.
Como ainda podem surgir denúncias contra o ministro no fim de semana, é cedo para cantar vitória, mas o pior parece ter passado. A provável permanência de Bezerra na Integração Nacional dá um fim definitivo, entretanto, na tão celebrada “faxina ética” que a presidente Dilma Rousseff vinha conduzindo no governo. Ano novo, governo novo, é o que parece prometer Dilma.
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