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Avaliação positiva de Bolsonaro cai abaixo dos 30% pela primeira vez, mostra pesquisa do mercado financeiro

A avaliação do governo Bolsonaro pelos eleitores caiu ao seu pior nível desde a posse, indica pesquisa de opinião do mercado financeiro. Apenas 27% consideram seu governo como bom ou ótimo -rompeu-se a barreira dos 30%

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Infomoney - Uma semana após a demissão do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o governo Jair Bolsonaro registra seus piores níveis de avaliação junto ao eleitorado. É o que mostra a nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 28 e 30 de abril.

Segundo o levantamento, concluído antes de mais uma participação de Jair Bolsonaro em manifestações favoráveis à intervenção militar e ao fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, agora 27% avaliam a atual administração como ótima ou boa – o que corresponde a uma queda de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior.

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A pesquisa indica que, no mesmo período, subiu de 42% para 49% o grupo dos eleitores que avaliam o governo como ruim ou péssimo. Já os que veem a gestão como regular somam 24% da população – mesma marca de uma semana atrás.

As expectativas do eleitorado para o restante do mandato de Bolsonaro apresentaram movimento semelhante. Agora, 46% esperam uma gestão ruim ou péssima, salto de 8 pontos percentuais em uma semana. E 30% estão otimistas com o governo.

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É a quarta vez seguida em que as expectativas negativas superam numericamente as positivas, mas a primeira em que essa diferença supera a margem máxima de erro, de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

O resultado retrata uma expressiva deterioração da imagem do governo junto ao eleitorado. Há exatamente um ano, 47% tinham expectativa de um restante de mandato ótimo ou bom, e 31% esperavam uma gestão ruim ou péssima.

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O último salto coincide com a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi durante a maioria dos 16 meses de governo a figura mais popular da administração – sendo ultrapassado por Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus.

A crise entre Bolsonaro e Moro também piorou drasticamente a imagem do governo em relação ao combate a crimes de colarinho branco. De acordo com a pesquisa, 45% dos eleitores acreditam que a corrupção aumentará nos próximos seis meses – alta de 15 pontos em relação ao levantamento de março.

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Já o grupo dos que esperam uma diminuição da corrupção minguou de 27% para 18%. Outros 34% acreditam que o quadro permaneça como está. Sérgio Moro deixou o governo sob a alegação de insistentes tentativas do presidente de interferir na Polícia Federal. O estopim para o movimento foi a exoneração de Maurício Valeixo, figura de confiança do ex-juiz, da direção-geral da corporação.

A percepção de piora no enfrentamento à corrupção também coincide com um movimento de aproximação de Bolsonaro com lideranças do chamado “centrão” – grupo de partidos com forte influência na Câmara dos Deputados. Nos últimos dias, o presidente ofereceu cargos no governo em troca de apoio parlamentar – movimento que condenou durante as eleições e mesmo nos 16 meses iniciais de mandato.

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O levantamento mostrou que, para 67% dos entrevistados a saída de Sérgio Moro do governo tem impactos negativos. Já 10% veem efeitos positivos e 18% acreditam que o movimento não terá impactos.

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