Bancada do PT denuncia ‘ação política’ da PF na casa de Marco Maia
Em nota assinada pelo líder Afonso Florence (PT-BA), deputados petistas dizem que o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), alvo de mandado de busca e apreensão pela PF nesta segunda-feira 5, "sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações iniciadas a partir da delação de um réu confesso"; texto "denuncia a espetacularização desnecessária" e "questiona o conteúdo jurídico e político" da operação
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247 - Em nota assinada pelo líder da bancada do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), deputados petistas que o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), alvo de mandado de busca e apreensão pela PF nesta segunda-feira 5, "sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações iniciadas a partir da delação de um réu confesso". O texto "denuncia a espetacularização desnecessária" e "questiona o conteúdo jurídico e político" da operação. Leia abaixo a íntegra:
NOTA DA BANCADA DO PT NA CÂMARA
A Bancada do PT denuncia a espetacularização desnecessária da ação da Polícia Federal realizada hoje na residência do deputado federal Marco Maia (PT-RS) para cumprimento de mandado de busca e apreensão. Marco Maia sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações iniciadas a partir da delação de um réu confesso, sem nenhum indício que justifique a exposição e o ataque à sua imagem, como ocorreu com a operação de hoje. Portanto, a Bancada denuncia a forma e questiona o conteúdo jurídico e político da ação da Polícia Federal.
Marco Maia , durante o trabalho de relator da CPMI da Petrobras, em 2014, comportou -se de forma transparente e todas as suas decisões foram públicas e aprovadas pelo colegiado da Comissão, inclusive o relatório final. Nesse relatório , o deputado Marco Maia indiciou 53 pessoas e pediu a investigação de 20 empresas ao Cade, pela prática de crime de cartel. Entre os indiciados, estava Nestor Cerveró, que pela primeira vez foi apontado como um dos envolvidos nos esquemas de corrupção que pairavam sobre a Petrobras e que mais tarde seriam confirmados pela Operação Lava-Jato. É bom lembrar que Cerveró era protegido à época pelo mesmo delator que hoje tenta acusar Maia, para escapar de sua responsabilidade.
A Bancada expressa sua confiança em Marco Maia e reitera sua expetativa de que as investigações ocorram seguindo os princípios constitucionais e não sejam meramente operações seletivas e arbitrárias.
Brasília, 5 de dezembro de 2016
Afonso Florence (BA)- líder da Bancada do PT na Câmara
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