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Barbosa já é carta fora do baralho de 2014

Se ele pretendia ou não ser candidato, não importa. A possibilidade de que Joaquim Barbosa dispute a presidência em 2014 ou em qualquer momento desapareceu para sempre. O motivo é a mistura do público (seu apartamento funcional em Brasília) com o privado (a empresa offshore que comprou seu apartamento em Miami, cuja sede é o imóvel do STF). Com Barbosa fora da disputa, o jogo agora se resume a Dilma Rousseff, Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Campos e José Serra. Mas nem todos estão garantidos no tabuleiro

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247 - Misturar o público e o privado é sempre uma combinação explosiva. No Rio de Janeiro, Sergio Cabral se tornou símbolo da crise, quando a sociedade descobriu que uma aeronave paga pelos contribuintes do Rio de Janeiro transportava até seu cachorro Juquinha para a casa de praia em Mangaratiba. No Maranhão, os bens da Fundação Sarney pertencem à família do ex-presidente José Sarney, mas as despesas são pagas pelo governo do Estado. No julgamento da Ação Penal 470, parlamentares foram condenados por, supostamente, desviar recursos públicos para finalidades partidárias e, portanto, de interesse privado.

Neste domingo, uma reportagem do jornal Correio Braziliense trouxe uma grande surpresa, que explicita, de forma escancarada, como o chefe do Poder Judiciário no Brasil, Joaquim Barbosa, cometeu um erro da mesma natureza. Ao constituir uma empresa nos Estados Unidos, a Assas JB Corp, com a finalidade de comprar um apartamento em Miami, ele definiu como sua sede o apartamento funcional onde reside, em Brasília. Ou seja: um bem público (o imóvel do STF) foi utilizado com finalidade privada (sediar uma offshore americana), o que é flagrantemente ilegal.

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O fato é tão inusitado que o presidente da Associação de Juízes Federais, Nino Toldo, prega uma investigação rigorosa sobre o caso (leia mais aqui). Se a ação irá ou não prosperar, dependerá da boa vontade da procuradoria-geral da República. Como Roberto Gurgel está de saída, é possível que seu substituto ou substituta leve o caso adiante, transformando Joaquim Barbosa em réu. E mesmo que isso não aconteça, o escândalo do imóvel em Miami traz um inevitável subproduto de natureza política: Joaquim Barbosa não é mais um presidenciável. Nem em 2014, nem em qualquer lugar do futuro.

Oficialmente, ele afirma que jamais teve pretensões políticas. Mas Barbosa também se disse "lisonjeado" quando o Datafolha lhe deu 14% das intenções de voto. E defendeu, recentemente, candidaturas avulsas, fora dos partidos, como um ponto importante de uma eventual reforma política.

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Sem Barbosa, o jogo de 2014 hoje se resume a cinco nomes: Dilma Rousseff, Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Campos e José Serra. O ex-presidente Lula parece estar realmente fora, uma vez que tanto ele quanto Dilma têm sido enfáticos em rechaçar a possibilidade do seu retorno.

No entanto, dos cinco pretendentes, nem todos estão garantidos no tabuleiro. Marina Silva ainda não obteve as assinaturas necessárias para a criação da Rede Sustentabilidade. E o Partido Verde não parece disposto a lançá-la.

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Aécio Neves, por sua vez, é candidatíssimo, pelo PSDB, assim como Eduardo Campos, pelo PSB. A última incógnita é José Serra, que pode se filiar ao PPS, mesmo sabendo que este será um partido nanico, sem a fusão, já descartada, com o PMN.

O fato é que o jogo ainda está distante e Barbosa caiu bem antes do seu início. Abatido no caso Miami, foi vítima do próprio descuido.

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