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Poder

Bill Gates se rende a Lula

Ou foi Lula quem se rendeu ao dono da Microsoft, em troca de US$ 100 mil? Nesta quarta, ele ser o principal palestrante de um frum da companhia, em Washington. No governo, Lulacomprou softwares livres. O que dir agora?

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247 – Bill Gates, que durante duas décadas foi o homem mais rico do mundo, estendeu o tapete vermelho ao operário. Nesta quarta-feira 6, ele será o anfitrião do Fórum de Líderes do Setor Público da América Latina e Caribe, em Washington, que terá como astro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal palestrante do evento. O cachê? US$ 100 mil. Será a segunda palestra de Lula depois de deixar o poder. Pela primeira, num evento da empresa coreana LG, o ex-presidente recebeu R$ 200 mil. O que significa que, em apenas dois eventos, Lula terá recebido o equivalente ao salário de um ano inteiro na presidência da República.

O encontro entre Bill Gates e Lula chega revestido de simbolismo. Na era FHC, a Microsoft viveu seus melhores anos em Brasília. Representada pela empresária Cristina Boner, da empresa TBA, a empresa obteve praticamente um monopólio na venda de sistemas operacionais ao governo. Lula, ao contrário, foi um grande promotor da venda de sistemas operacionais abertos, como o Linux, numa política que foi encabeçada por Sérgio Amadeu da Silveira, um dos principais especialistas do País em inclusão digital. Diversos ministérios, autarquias, fundações e estatais começaram a operar com o Linux.

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Essa política, naturalmente, enfrentou resistências na Microsoft. Em 2005, Bill Gates tentou se encontrar com Lula no Fórum de Davos, na Suíça, e o pedido não foi atendido pelo cerimonial da presidência da República. Em 2009, Lula foi o principal palestrante do Fórum Internacional do Software Livre, onde exaltou sua política de quebra do monopólio da Microsoft. “Ou íamos para a cozinha preparar o prato que queríamos comer, com os temperos que queríamos colocar, ou íamos comer aquilo que Microsoft queria vender para a gente”, disse Lula, que foi aplaudido de pé pelo público. No evento, Lula também tirou fotos com bonecos do Linux e chegou a vestir um boné da empresa Red Hat, outra promotora do software livre.

A Microsoft, que perdeu espaço nas compras do governo federal durante o governo Lula, tem relações muito estreitas com a empresa TBA. A tal ponto que o ex-presidente da companhia de Bill Gates no Brasil, Mauro Muratório Not, chegou a ser CEO da empresa de Cristina Boner. Ele deixou o cargo há pouco mais de um ano, quando as fitas do chamado mensalão do DEM, encabeçado pelo ex-governador José Roberto Arruda, envolveram o nome da empresária.

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Hoje, as palestras de Lula são comercializadas pela empresa LILS (de Luiz Inácio Lula da Silva) Palestras, Eventos e Publicações Ltda. É a primeira empresa constituída por Lula, em sociedade com seu amigo Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae. Cioso de sua imagem, Lula não sai de casa por menos de US$ 100 mil. E exige, é claro, viagens em primeira classe e hospedagem em hotéis cinco estrelas.

Há grande expectativa em relação ao discurso que Lula fará nesta quarta-feira. No evento da LG, Lula foi muito simpático aos patrocinadores. Disse que o processo de inclusão social e expansão da classe média foi crucial para que as pessoas comprassem mais televisores LG. O que dirá no evento da Microsoft, empresa que tanto combateu?

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