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"Bolsonaro contribui para muita morte no País", diz Omar Aziz, presidente da CPI

"A gente tem um pitaqueiro-mor neste negócio, que tem contribuído para que haja muita morte em nosso país", disse Aziz

(Foto: Reprodução)
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Por Ricardo Brito (Reuters) - O presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira que o colegiado não tem capacidade para dizer o que é certo ou não em termos de medicação contra Covid-19, mas aproveitou a oportunidade para, numa referência indireta ao presidente Jair Bolsonaro, dizer que há um "pitaqueiro-mor" que contribui para "muita morte" no Brasil.

"Nós, no Senado, não temos capacidade de definir o que é bom e o que não é. Quem pode fazer isso são os profissionais da área, são cientistas, são estudiosos. Nós somos pitaqueiros e a gente tem um pitaqueiro-mor neste negócio, que tem contribuído para que haja muita morte em nosso país", disse Aziz, em entrevista coletiva.

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Bolsonaro é um entusiasta enfático do uso da cloroquina e de outras medicações sem eficácia comprovado no tratamento de Covid-19. Ele chegou a chamar de "canalhas" quem se diz contra o uso sem apresentar alternativas terapêuticas.

Para o senador, o governo perde muito tempo e ainda perde em busca de remédios e tratamento precoce ou inicial, mas o que se espera é que ocorra a vacinação das pessoas.

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A comissão tomou o depoimento nesta terça-feira de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde que fez defesa do uso da cloroquina como arsenal contra doença.

O país já ultrapassou a marca de 450 mil mortes por Covid-19 na pandemia e, apesar da redução recente do número de casos e mortes em relação ao pico, a contaminação e os óbitos continuam em patamares elevados.

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Mais cedo, durante a sessão, Aziz já tiver uma entrevero com Bolsonaro. O senador criticou o presidente por ter usado suas redes sociais para divulgar um projeto de lei apresentado por ele que já foi retirado, e disse ao presidente que aproveitasse seu tempo para buscar mais vacinas em vez de atacá-lo.

"Presidente, não perca seu tempo ou de quem quer que seja nas suas redes sociais de postar esse projeto, que já foi retirado bem antes do senhor postar esse texto aí. Perca o seu tempo ligando para lideranças políticas internacionais para comprar vacinas, perca o seu tempo em salvar vidas, coloque em seu Twitter algo como 'faça isolamento social, se cuidem, porque essa doença mata", disse Aziz, logo depois de ser informado da publicação.

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Durante depoimento da secretária Mayra Pinheiro, que vinha sendo criticada por Aziz, Bolsonaro postou em sua conta no Twitter cópia do projeto com cabeçalho do gabinete do senador e escreveu: "Médicos podem ser punidos com até três anos de detenção caso receitem qualquer remédio sem comprovação científica para aquela doença. Deixe seu comentário".

Em sua intervenção, Aziz explicou que já havia retirado o projeto nesta manhã por sugestão de amigos médicos.

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Na entrevista coletiva à noite, Aziz disse que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve ter uma nova convocação para depor na CPI aprovada na sessão administrativa de quarta-feira, marcada para votar requerimentos, que devem incluir governadores.

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