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Bolsonaro pode também ficar fora das eleições de 2030 e 2032 em razão de investigações criminais

Condenações criminais em processos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, podem agravar sua situação

Bolsonaro pode também ficar fora das eleições de 2030 e 2032 em razão de investigações criminais (Foto: Luiza Castro/Sul 21 | ABr)

247 – O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta a possibilidade de ser impedido de concorrer às eleições de 2030 devido a casos criminais e ao Tribunal de Contas da União (TCU). O TCU pode estender sua inelegibilidade para além de 2030, e até mesmo para as eleições de 2032. Além disso, as condenações criminais em processos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, podem agravar sua situação. O TSE considerou que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores, na qual ele desacreditou as urnas eletrônicas. Esse processo será encaminhado ao TCU e as informações serão utilizadas em inquéritos criminais no STF, informam os jornalistas Matheus Teixeira e José Marques, na Folha de S. Paulo.

A decisão do TCU sobre a inelegibilidade de Bolsonaro depende do recebimento da decisão do TSE e do início de um processo interno para avaliar o caso. Enquanto isso, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU já solicitou uma investigação sobre possíveis danos aos cofres públicos decorrentes do abuso de poder político. Nos bastidores, é considerado improvável que o tribunal não condene Bolsonaro, uma vez que o TSE já decidiu pela ilegalidade de suas ações. A expectativa é de que o TCU determine a devolução dos recursos públicos utilizados no evento em questão.

Além da possibilidade de inelegibilidade determinada pelo TCU, Bolsonaro também pode enfrentar condenações criminais nos próximos meses. O ministro Alexandre de Moraes mencionou as milícias digitais em seu voto no TSE e indicou que apontará Bolsonaro como um dos autores intelectuais dos ataques. As acusações incluem disseminação de fake news e desinformação ao longo de seu mandato. Se condenado, Bolsonaro poderia ser considerado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa ou pela suspensão dos direitos políticos durante o cumprimento da pena, como previsto na Constituição.

Diante desse cenário, Bolsonaro tem a opção de antecipar a devolução do dinheiro utilizado no evento questionado, na tentativa de fortalecer seus argumentos jurídicos e evitar a extensão da inelegibilidade. No entanto, a situação ainda está em desenvolvimento, e apenas o desenrolar dos processos e decisões judiciais poderá determinar se Bolsonaro estará apto a concorrer nas eleições de 2030 ou se será impedido devido a condenações criminais e decisões do TCU.