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Bolsonaro, que blinda o laranjal, promete torturar ministro que for pego em corrupção no seu governo

“Pode ser que haja corrupção no meu governo? Sim, pode ser que haja. Pode ser que haja e o governo não saiba”, disse ele. “Se aparecer, boto no pau de arara o ministro", afirmou, fazendo alusão a uma forma de tortura usada na ditadura militar. No entanto, a despeito do discurso, Bolsonaro se nega a afastar ministros suspeitos de corrupção, como Marcelo Alvaro Antônio, envolvido no laranjal do PSL

(Foto: Marcos Corrêa/PR)
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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que colocará “no pau de arara” o ministro que eventualmente tiver comprovado seu envolvimento em casos de corrupção, fazendo referência a um dos instrumentos de tortura usados por agentes da ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985.

Em discurso em Palmas, capital do Tocantins, Bolsonaro, que é declarado admirador do período militar, reconheceu que existe a possibilidade de haver casos de corrupção em seu governo, mas garantiu que eventuais irregularidades não serão toleradas.

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“Pode ser que haja corrupção no meu governo? Sim, pode ser que haja. Pode ser que haja e o governo não saiba”, disse Bolsonaro ao criticar governos anteriores, aos quais acusou de corrupção.

“Se aparecer, boto no pau de arara o ministro, se ele tiver responsabilidade, obviamente. Às vezes, lá na ponta da linha, está um assessor fazendo besteira sem a gente saber. Mas isso é obrigação nossa, é dever”, afirmou.

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O presidente também voltou a descartar um tabelamento do preço da carne diante da alta recente do produto em consequência do aumento das exportações para a China, e afirmou que países árabes também estão interessados em aumentar a compra de commodities agropecuárias do Brasil.

“O pessoal reclamando do preço da carne. A China está comprando, aumentou o preço no Brasil. Vamos lá: ou apoiamos o livre mercado ou não apoiamos. Tabelar, eu não vou tabelar”, disse Bolsonaro em discurso.

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“Isso já não deu certo lá atrás. É uma chance para aqueles que criticam o homem do campo comprarem um pedaço de terra e criar boi. Vai lá para ver a moleza que é”, acrescentou.

Bolsonaro já havia comentado sobre a alta recente do preço da carne esta semana, dizendo que o aumento se deve a uma combinação de entressafra com um elevação das exportações, e apontando para uma queda em breve.

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O Brasil, maior exportador global de carne bovina, está vendendo cada vez mais para a China diante da alta da demanda chinesa devido ao surto de peste suína africana na criação de porcos do país asiático, o que faz com que os consumidores brasileiros paguem mais pelo produto nos açougues do país.

Em novembro, a inflação oficial do Brasil registrou aceleração e o resultado mais alto em quatro anos, a 0,51%, com forte impacto da alta dos preços das carnes.

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No discurso desta quinta-feira, que foi transmitido por satélite pela Radiobrás, Bolsonaro também comentou a recente redução dos juros cobrados pela Caixa no cheque especial e no financiamento imobiliário, e disse que os bancos privados terão que seguir o mesmo caminho para não perderem clientes.

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