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Poder

Cabral sob fogo cruzado nos mundos virtual e real

Internautas convocam manifestao contra o governador do Rio para sexta-feira, 18h00, na Cinelndia; querem seu impeachment; deputado do PDT representa na Assemblia contra relaes promscuas" com o 'rei do Rio' Fernando Cavendish e o bilionrio Eike Batsta; Cabral resistir?

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Marco Damiani_247 – Uma prova de fogo já tem dia e hora para ser enfrentada pelo governo do Rio de Janeiro, Sergio Cabral. Pela internet, começou nos últimos dias a convocação de uma manifestação popular para exigir a abertura de um processo de impeachment contra ele. Está marcada para a Cinelândia, no centro do Rio, nesta sexta-feira 1º, a partir das 18h00. O endereço é um dos mais tradicionais redutos de ação política popular do País.

Enquanto a convocação do ato pró-impeachment corre pela net, o deputado Paulo Ramos, do PDT, acusa Cabral, formalmente, de cometer crime de improbidade administrativa e anuncia que vai apresentar à Assembléia Legislativa do Estado uma representação convocando o governador para explicar as relações “promíscuas” que mantém com empresários, especialmente empreiteiros.

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O comportamento ético e administrativo do governador Cabral despertou a oposição a ele no Rio. Depois de levar seu governo a conceder sem licitação, pelo regime de urgência, 17 contratos de obras para a Delta Engenharia, do empreiteiro Fernando Cavendish, Cabral foi flagrado ao lado do empresário, em Porto Seguro, na Bahia, para a comemoração do aniversário do amigo, dez dias atrás. Ambos foram até lá no jatinho do bilionário Eike Batista, campeão, por seu lado, de isenções fiscais para suas empresas dentro do Rio de Janeiro. As estreitas ligações de Cabral com os dois megaempresários – Cavendish, chamado de ‘Rei do Rio’, toca obras avaliadas em mais de R$ 1 bilhão, entre elas a reforma do Maracanã, cujo orçamento inicial já estourou uma vez – só emergiram a público em razão de uma tragédia: o helicóptero que os levaria ao um resort da região baiana, onde se daria a festa de aniversário, caiu, provocando a morte de sete pessoas, entre as quais a mulher, um enteado de Cavendish e a namoradora do filho de Cabral. O governador, numa primeira versão, tentou negar que estivesse no local, mas a verdade apareceu rapidamente a partir de versão do prefeito de Porto Seguro, que havia estado com ele no aeroporto local.

Com essas ligações, Cabral pode ter infringido, na interpretação do deputado Paulo Ramos, o artigo 146 da Constituição estadual, que prega a separação entre o interesse público do Estado e o privado de seus administradores.

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“Ele viajou a lazer num avião do empresário Eike Batista e ficaria hospedado num empreendimento de outro empreendedor, para comemorar o aniversário de um empresário que têm interesses em grandes obras do governo do Rio”, lembrou Ramos.

“O governador deveria se dar ao respeito e não se refestelar em festas de aniversário de empresários e nem aceitar caronas em aviões particulares. Até uma criança sabe que não existe almoço grátis”, criticou o deputado.

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São essas relações “promíscuas”, segundo o parlamentar do PDT, que fazem com que obras como a reforma do Maracanã tenham seus orçamentos aumentados absurdamente: “A obra do estádio custaria inicialmente cerca de R$ 400 milhões, depois passou para R$ 700 milhões e agora vai ultrapassar um bilhão de reais”, disse Ramos. “Vamos convocar o governador e conferir o que ele tem a dizer”.

 

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