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      Cabral vai investigar empresa de seu amigo Fernando Cavendish

      Aps denncias de envolvimento com o esquema de Cachoeira, governador do Rio determinou que uma comisso analisasse os contratos firmados entre a Delta e o Estado nos ltimos anos

      Cabral vai investigar empresa de seu amigo Fernando Cavendish (Foto: Marino Azevedo/Divulgação)
      Roberta Namour avatar
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      247 – O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), decidiu deixar suas relações pessoais de lado para investigar contratos firmados entre a empresa Delta e o Estado. A empreiteira de seu amigo Fernando Cavendish foi apontada pelos relatórios da Polícia Federal como um dos pivôs do esquema de corrupção montado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.

      Em 2011, a Delta recebeu do governo Cabral R$ 358,5 milhões, dos quais R$ 72,7 milhões (20%) sem passar por concorrência pública. Este ano, já são R$ 138,4 milhões empenhados.

      Leia na matéria do Globo:

      RIO - O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), resolveu investigar a empresa de um de seus principais amigos, a Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish. Cabral determinou nesta terça-feira que uma comissão de sindicância faça auditorias, a partir desta quarta-feira, para analisar os contratos firmados entre o governo e a construtora.

      Como O GLOBO mostrou domingo, os relatórios da Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, afirmam que a Delta repassou R$ 39 milhões a empresas de fachada ligadas ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.

      De acordo com o chefe da Casa Civil do Rio, Régis Fichtner, um dos integrantes da comissão, as licitações realizadas envolvendo a Delta e o governo passarão por auditorias. Caso sejam encontradas irregularidades, esses contratos serão cancelados.

      — Também vamos ouvir a Delta para que ela se defenda sobre a sua idoneidade — afirmou Fichtner.

      Com cerca de 300 contratos no setor de construções em 23 estados do país e no Distrito Federal, a Delta cresceu 533% no governo Cabral, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem). Em 2007, a empresa teve empenhos de R$ 67,2 milhões, e em 2010, ano em que Cabral foi reeleito, o montante chegou a R$ 554,8 milhões, sendo R$ 127,3 milhões (22%) sem licitação.

      Em 2011, a Delta recebeu do governo Cabral R$ 358,5 milhões, dos quais R$ 72,7 milhões (20%) sem passar por concorrência pública. Este ano, já são R$ 138,4 milhões empenhados. Em junho do ano passado, Cabral viajou para a Bahia num jatinho do empresário Eike Batista, em companhia de Fernando Cavendish, para comemorar o aniversário do dono da Delta num resort.

      Em nota, a Delta afirma que “contestações podem ser feitas pelos órgãos de controle e, sempre que detectadas, são corrigidas”. Segundo a construtora, “esse é o procedimento normal e corriqueiro na relação mantida entre o poder público e seus fornecedores de serviços”.

      O ministro-chefe da Controladoria Geral da União, (CGU), Jorge Hage, disse nesta terça-feira que a sua pasta auditou cerca de 60 contratos, no valor de R$ 632 milhões, entre a Delta e o governo federal, de 2007 a 2010. Hage afirmou que os relatórios de auditoria em cada contrato contêm recomendações sobre o próximo passo da investigação.

      — Suspender o contrato em si nem sempre é a solução mais adequada — disse Hage, em entrevista após a abertura da 1 Conferência Anual da Parceria para Governo Aberto, que reúne representantes de mais de 50 países.

       

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