Câmara arquiva processo contra Marco Maia

Evam Sena_247, em Brasília – Menos de 24 horas depois da entrega de representação contra o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a Mesa Diretora da Casa arquivou o processo contra o petista. O PPS apresentou ontem, à Corregedoria, denúncia veiculada em matéria da revista Veja sobre uma ordem de Maia à Polícia Legislativa que instruía investigação com fins políticos.

A decisão da Mesa de rejeitar a investigação contra Maia foi unânime. Já a representação contra o deputado Roberto Policarpo (PT-DF), também feita pelo PPS ontem, ainda será analisada pela Mesa. Segundo a revista Veja, Policarpo apresentou queixas contra um sem-terra, um lavador de carro e um vigilante na Polícia Legislativa da Câmara por “chantagem”.

Os três são filiado ao PT e trabalharam na campanha de Policarpo no ano passado. Eles são testemunhas em um inquérito no Ministério Público contra o deputado do DF, acusado de compra de votos. Em entrevista a Veja, o sem-terra Francisco Manoel do Carmo contou que recebeu R$ 4 mil de Policarpo para alugar um ônibus e levar trabalhadores rurais para votar no petista.

Em troca do silêncio dos ex-cabos eleitorais, Policarpo teria prometido empregos e advogados. Diante da recusa em cumprir sua promessa, os três teriam ameaçado o deputado a contar o que sabiam. Policarpo teria feito queixa à Política Legislativa, que intimou e interrogou o grupo.

Marco Maia negou ontem que foi informado sobre a investigação da Política Legislativa e afirmou a autonomia da política. “Foi acatada a inépcia da representação contra Marco Maia, pois ficou claro que ele não sabia de nada. Mas o restante, que diz respeito a Policarpo, deve continuar. Temos que apurar a função da Polícia aqui da Casa”, disse quarto-secretário da Câmara, deputado Júlio Delgado (PSB-MG).