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Poder

Campanha eleitoral na era digital

A internet veio para robustecer a democracia, para propiciar equilíbrio à disputa eleitoral. É o link entre os candidatos e o povo, mas é também o caminho sinuoso e escorregadio

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As campanhas eleitorais ganham, de maneira intensificada, a influência dos meios tecnológicos. O que há pouco tempo se restringia ao rádio, à TV e aos carros de som, agora se amplia através das ferramentas da internet, principalmente das redes sociais. É evidente que a democracia idealizada por Péricles, o grego, agora recebe uma mãozinha dos inventores do Facebook, Twitter, Orkut, YouTube e outros instrumentos ultramodernos.

Indiscutivelmente, para aqueles que são mais antenados e estão plugados nas redes sociais, esse novo meio de publicação facilitou sobremaneira a  divulgação: a forma de interagir com o eleitor não tem limite de horário; as condições de acesso são boas, e se o candidato for criativo, poderá fazer uma campanha extremamente eficiente. Quanto ao eleitor, ele poderá excluir e até banir o remetente indesejável. Portanto, não há nada mais democrático.

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Além de PCs, notebooks, tablets e outros aparelhos, os telefones móveis também cumprem a formidável missão de aproximar os cidadãos, e já são, segundo as estatísticas, os mais usados emissores e receptores de mensagens. O volume de comunicação por meio do SMS é tão intenso que o apelido desse tipo de envio é torpedo. Logo, denominação que nos faz lembrar uma espécie enérgica de atingir um determinado alvo.

Diante das várias possibilidades para estabelecer a comunicação, os candidatos podem fazer uso de textos, vídeos, fotografias, áudios, enfim, de tudo que for possível transferir via internet. Vale, portanto, a argúcia, a capacidade criadora dos protagonistas de uma campanha eleitoral. É preciso agradar os internautas que, como cidadãos conscientes, examinam as mensagens e refletem sobre o que foi visualizado. Convém observar, que a técnica adotada para expedir esse tipo peculiar de publicidade pode persuadir ou dissuadir o destinatário, que é eleitor. Até mesmo as pesquisas de opinião quantitativas e qualitativas estão sendo realizadas nesses espaços virtuais, tendo como consequência, internautas que respondem indagações e se manifestam sobre determinados fatos, balizando estratégias de marketing e formatando discursos dos aspirantes aos cargos eletivos.

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O preocupante, nos tempos atuais, é a prática de atos que visam desconstruir biografias, conspurcar carreiras e denegrir pessoas. As ações com esse intuito na internet ainda são difíceis de serem elucidadas. Por essa razão, raramente a Justiça encontra os autores e, por isso, poucos cumprem as penas previstas no ordenamento jurídico. Logo, é imprescindível que o responsabilizado por atos que visam atingir alguém seja punido exemplarmente a fim de inibir a prática de novos delitos. Assim, a tecnologia também pode configurar-se como maligna quando manuseada por seres inescrupulosos.  Esse é o aspecto negativo do mundo irreal, que faz, das mais absurdas aleivosias, realidades incontestáveis.

No mais, a internet veio para robustecer a democracia, para propiciar equilíbrio à disputa eleitoral. É o link entre os candidatos e o povo, mas é também o caminho sinuoso e escorregadio, que impõe ao condutor disciplina e respeito às normas vigentes. Caso contrário, o benefício da modernidade se transformará em algo pernicioso.

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Mendonça Prado é advogado, deputado federal e vice-presidente nacional do Democratas

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