Candidatos a delações correm para fechar acordos antes da saída de Janot
A saída de Rodrigo Janot do cargo de procurador-geral da República, em setembro, levou a uma verdadeira corrida pela finalização de acordos de delação premiada; as tratativas estão aceleradas para pelo menos cinco candidatos a delatores; advogados afirmam que não sabem o que esperar de negociações com a futura procuradora-geral, Raquel Dodge –principalmente, o que sua equipe exigirá para negociar delações
247 - A Procuradoria-Geral da República está acelerando os trabalhos para finalizar a negociação de pelo menos cinco acordos de delação premiada até a saída do chefe do órgão, Rodrigo Janot, em 17 de setembro.
O procurador-geral e sua equipe pretendem concluir as tratativas com a empreiteira OAS, o ex-ministro Antonio Palocci, o empresário Henrique Constantino, sócio da Gol, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Bolonha Funaro.
O grupo dedicado à Lava Jato tem trabalhado intensamente –na semana passada, procuradores fizeram reuniões até as 23h30.
Advogados afirmam que não sabem o que esperar de negociações com a futura procuradora-geral, Raquel Dodge –principalmente, o que sua equipe exigirá para negociar delações.
Os defensores dizem que já conhecem a dinâmica do grupo de Janot e os assuntos que despertam seu interesse.
Os investigadores alertam, nos bastidores, que finalizar uma negociação não significa necessariamente que a delação premiada será assinada. Pode haver casos em que a PGR opte por encerrar as conversas sem chegar a um acerto, por exemplo.
A procuradoria, porém, priorizou essas cinco delações porque acredita que são grandes as chances de serem homologadas pelo Supremo até setembro, ainda na gestão de Janot.
As informações são de reportagem de Bela Megale e Wálter Nunes na Folha de S.Paulo.
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