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Cineasta de Marina admite caixa 2 e ofende Santana

Com tudo acertado para assumir a direção da propaganda de candidata Marina Silva, Fernando Meirelles diz que seu trabalho será "voluntário"; em outras campanhas, porém, admitiu ter recebido "uma parte do que era devido sem nota, como fazem alguns dentistas"; segundo ele, foi o que aconteceu na década de 1980, quando fez a campanha para governador do Paraná do atual senador Álvaro Dias; uma das mais influentes jornalistas do País, Mônica Bergamo, registrou confissão em sua conta de twitter; Meirelles promete agressividade agora; "Li uma frase atribuída a João Goebbels Santana. Na mosca!", comemorou ele, referindo-se ao responsável pela comunicação do PT; Fernando Caixa 2 Meireles lhe cai bem?

Com tudo acertado para assumir a direção da propaganda de candidata Marina Silva, Fernando Meirelles diz que seu trabalho será "voluntário"; em outras campanhas, porém, admitiu ter recebido "uma parte do que era devido sem nota, como fazem alguns dentistas"; segundo ele, foi o que aconteceu na década de 1980, quando fez a campanha para governador do Paraná do atual senador Álvaro Dias; uma das mais influentes jornalistas do País, Mônica Bergamo, registrou confissão em sua conta de twitter; Meirelles promete agressividade agora; "Li uma frase atribuída a João Goebbels Santana. Na mosca!", comemorou ele, referindo-se ao responsável pela comunicação do PT; Fernando Caixa 2 Meireles lhe cai bem? (Foto: Aline Lima)
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Marco Damiani _ 247 – O cineasta Fernando Meirelles está com tudo combinado para assumir, em caso de haver segundo turno, o comando da comunicação via televisão da candidata Marina Silva, se ela passar para a fase decisiva. Em entrevista ao jornalista Morris Kachani, do jornal Folha de S. Paulo, Meirelles apressou-se em dizer, na conversa ocorrida nesta quarta-feira 24, que fará um trabalho "voluntário", sem receber qualquer remuneração. Dono da produtora O2 Filmes, uma das mais sofisticadas do País, ele não deixou claro, porém, como será o envolvimento de profissionais de sua equipe na campanha do PSB – e se ninguém entre eles será remunerado. Como se sabe, a feitura de propaganda política está sempre entre os maiores gastos dos partidos durante períodos eleitorais.

O próprio Meirelles confirmou na entrevista, porém, que no passado já fez propaganda eleitoral recebendo parte de sua remuneração "sem emitir nota, como fazem alguns dentistas". "Era assim que funcionava em todos os partidos", procurou justificar.

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A tentativa de conserto não foi suficiente para deixar de chamar a atenção. Em sua conta no twitter, a jornalista Monica Bergamo, que assina uma das colunas mais prestigiadas do País, também na Folha, destacou a confissão de Meirelles. O assunto ganhou destaque das redes sociais.

O cineasta lembrou que, "moleque", fez um filme para o PT e dedicou-se, na década de 1980, à campanha para governador do Paraná do atual senador Álvaro Dias, hoje no PSDB e, naquele momento, no PMDB. Meirelles disse que aceitou a proposta de dar apena "um recibo" pelos serviços prestados. Mais tarde, porém, o acordo não se sustentou, e o cineasta lembrou que "o trabalho foi terminando num clima muito tenso". "No ano seguinte, pagamos o imposto devido e uma enorme multa", acrescentou, acentuando que, naquele momento, decidiu "nunca mais trabalhar com política – e não trabalhei".

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Houve, no entanto, uma exceção para Meirelles voltar a fazer propaganda política: Marina Silva. Na campanha presidencial de 2010, ele aceitou, de maneira voluntária, segundo disse, ajudar a candidata com seu conhecimentos. E reafirmou que já está dando opiniões sobre a comunicação da atual campanha do PSB, disposto a colaborar ainda mais no segundo turno, em caso de haver essa fase e de Marina estar nela.

Mesmo tendo trabalhado sem nota, o que, conforme registrou, acabou por criar, ao lado de outras razões, "uma crise entre a garotada que estava junto comigo e o PMDB", Meirelles mostrou que se sente à vontade para criticar quem ele já vê como adversário:

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­- Outro dia li uma frase que resume bem esta campanha do PT: 'Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade'. A frase vinha assinada por João Goebbels Santana. Foi na mosca, é exatamente dali que vem a inspiração do marqueteiro-mor, atacou Meirelles, em referência ao chefe da comunicação da campanha da presidente Dilma Rousseff, João Santana. "Como se pode votar numa candidata cujo principal colaborador é um marqueteiro que lhe aconselha a mentir e ela obedece?", questionou.

Com efeito, para reproduzir comparações entre um adversário que joga no campo da democracia, dentro das regras, e um monstro nazista não é preciso tirar nota fiscal. Basta ser voluntário da leviandade.

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