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Ciro ataca PT de novo e diz que Bolsonaro 'não viola a democracia'

Ciro Gomes ainda demonstra ressentimento e mágoa pelo fato de não ter sido apoiado pelo PT e outros partidos da esquerda; para ele, a eleição de Bolsonaro "não foi uma vitória da direita", mas do "antipetismo"; o PT, afirma, contribuiu para o crescimento da "onda bolsonarista"; para Ciro, apesar dos temores de uma ruptura com a democracia após a eleição de Bolsonaro, o futuro governo não vem dando sinais de que isso venha a acontecer; "Não vi nenhuma violação da democracia, mas a campanha do PT incitou ao terror, como se a eleição do Bolsonaro em si, por definição, fosse uma ruptura da democracia".

Ciro ataca PT de novo e diz que Bolsonaro 'não viola a democracia' (Foto: Fotos: Reuters)
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247 - O ex-governador e candidato derrotado à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, ainda demonstra ressentimento pelo fato de não ter sido apoiado pelo PT e outros partidos da esquerda em sua postulação no pleito de outubro. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ciro afirmou que o pleito que resultou na eleição de Jair Bolsonaro (PSL) "não foi uma vitória da direita". Para ele quem ganhou foi "o antipestismo" e que o Partido dos Trabalhadores contribuiu" para isso e, também, para o crescimento da "onda bolsonarista". Ainda segundo Ciro, o futuro governo deverá ter problemas e o presidente eleito é um sujeito "tímido, retraído, se sente meio sombreado por todo mundo, é solitário mesmo", além de possuir um complexo de inferioridade "gravíssimo".

"Não tem essa direita. Essa daí só se reuniu para negar. E nisso é indispensável refletir a contribuição do PT. Não ganhou a direita, ganhou o antipetismo. Se não, eu seria obrigado a achar que 65% do eleitorado do Rio Grande do Sul é fascista, de direita, e sei que não é. Precisa tomar um pouco de cuidado com essa mistificação petista. O PT produziu essa onda [bolsonarista], que é a maior força política, mas é uma força para negar", afirmou. "Há vários PTs. Enquanto a grande tese for o Lula Livre e ir a Curitiba perguntar o que fazer na semana, eles vão definhar. Mas é um partido importante. Tem base", ressaltou.

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Para Ciro, apesar dos temores de uma ruptura com a democracia após a eleição de Bolsonaro, o futuro governo não vem dando sinais de que isso venha a acontecer. "Não vi nenhuma violação da democracia, mas a campanha do PT incitou ao terror, como se a eleição do Bolsonaro em si, por definição, fosse uma ruptura da democracia".

Ciro destaca, ainda, que durante as eleições "aconteceram violações da regra democrática, eleitoral, mas de parte a parte. O PT fez exatamente a mesma coisa, caixa dois, mentira na internet, fake news, uso de pacotes do WhatsApp. Então é importante respeitar o tempo e a majestade da vitória do camarada que eu gostaria que tivesse sido eu", ressaltou.

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Apesar disso, Ciro avalia que Bolsonaro é "uma cédula de 3 reais. Ele é qualquer coisa e é nada. Eu o conheço bastante bem, foi deputado por 28 anos, fui colega dele. Ele sai de uma agenda miúda, de bajulação corporativa dos militares reformados, para uma defesa da memória de 64, e acaba achando uma oportunidade de negar tudo o que está aí", pontuou.

"Ele não entende o país. E a equipe que está recrutando, menos ainda. Então, a ideia de que será outdoor, um relações públicas na Presidência e que vai feudalizar o poder real em superministros fragmentários, isso não pode dar certo no presidencialismo e nem na conjuntura brasileira, que é trágica" avaliou.

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Para ele o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é um exemplo desta situação. "Por exemplo, o que a gente consegue filtrar da agenda do Paulo Guedes, que eu conheço há muitos anos? É um cara razoável, nunca foi brilhante, é egresso [da Escola] de Chicago, parou de ler nos anos 1980 e definitivamente não leu nada depois de 2008", disparou.

Segundo ele, o crescimento da economia é que irá definir se o governo Bolsonaro terá sucesso ou não. Em sua avaliação, que a reforma da Previdência não deverá resolver a maior parte dos problemas econômicos, como alardeado por membros da equipe econômica e pelo mercado financeiro. "É uma baboseira. Também não há concepção aí. O modelo previdenciário brasileiro, de repartição, é irreformável. Impressionante como as pessoas não querem ouvir isso. Só o Brasil, a Argentina e a Venezuela insistem no modelo de repartição. Neste caso, não são uma boa companhia, certo? Os três estão quebrados. Um regime de repartição funciona com esse nível de precariedade na relação de trabalho?", questionou. Em sua avaliação, as perspectivas econômicas para o futuro governo vão de "medíocre para ruim".

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Leia a íntegra da entrevista.

 

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