Com agravamento da crise, base aliada já ensaia rebelião
Diante do aprofundamento da crise política e do naufrágio da popularidade do presidente Michel Temer (PMDB), partidos da base aliada na Câmara já sinalizam que vão deflagrar uma rebelião contra propostas de interesse do Palácio do Planalto; siglas do chamado "centrão", que reúne partidos médios como PP, PSD e PTB, discutem o boicote a medidas do governo, como a reforma da Previdência e outras iniciativas que podem ser consideradas impopulares; paralelamente, grupo dentro do PSB passou a pressionar pela saída imediata do partido da administração federal, o que, se concretizado, seria a primeira perda na base de apoio do presidente no Congresso Nacional
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247 - Diante do aprofundamento da crise política e do naufrágio da popularidade do presidente Michel Temer (PMDB), partidos da base aliada na Câmara já sinalizam que vão deflagrar uma rebelião contra propostas de interesse do Palácio do Planalto. As siglas do chamado "centrão", que reúne partidos médios como PP, PSD e PTB, discutem o boicote a medidas do governo, como a reforma da Previdência e outras iniciativas que podem ser consideradas impopulares. Em paralelo, um grupo dentro do PSB passou a pressionar pela saída imediata do partido da administração federal, o que, se concretizado, seria a primeira perda na base de apoio do presidente no Congresso Nacional desde que ele assumiu o Palácio do Planalto, em maio.
As informações são da Folha de S.Paulo.
"No sábado (10), o diretório estadual do PSB no Rio Grande do Sul aprovou moção pelo desembarque da legenda do governo federal por não concordar com os rumos da gestão peemedebista.
A iniciativa preocupou o presidente, que discutiu o tema nesta segunda-feira (12) com o ministro Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia), do PSB.
Ele garantiu a Temer que a pressão é restrita à seção do Rio Grande do Sul e não terá apoio do restante do partido neste momento.
O governo quer conter este movimento do PSB para evitar que outras legendas aliadas possam fazer o mesmo tipo de ameaça contra o Palácio do Planalto, visando garantir benefícios federais.
O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, também negou que uma saída imediata seja discutida pela cúpula nacional da sigla.
Ele reconheceu, no entanto, que o PSB tem divergências com o governo federal em relação a pontos da reforma previdenciária apresentada pelo Palácio do Planalto.
Nesta segunda-feira (12), inclusive, o partido decidiu obstruir votação da admissibilidade da proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), reconheceu que a movimentação da sigla contra a reforma previdenciária já tem repercussão em outros partidos da base aliada."
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