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Condenado, Dirceu volta a ser o agitador de 68

Nesta noite, em Brasília, ex-ministro volta a participar de ato em defesa do que os organizadores chamam de "legado do governo Lula"; trata-se, na verdade, de um roteiro criado pela CUT para que José Dirceu aproveite o que lhe resta de oxigênio em liberdade para defender-se da condenação pelo STF a dez anos e dez meses de prisão; "Nem se me colocarem numa solitária, vou me calar", disse ele no Rio, para delírio dos fãs; "Vou mostrar porque o governo Lula foi revolucionário", afirmou Dirceu ao 247

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247 – Hoje é noite de Zé Dirceu. Não o Dirceu que se fechava no Palácio de Planalto, distante de todos, para gerir aos mais de 50 grupos de trabalho que coordenava em seus tempos de ministro chefe da Casa Civil do governo Lula. Nem aquele que, no exercício da presidência do PT, arquitetou em silêncio o plano que surpreendeu os adversários e, na base da paz e do amor, levou Lula ao poder depois de três derrotas consecutivas.

O Zé Dirceu que poderá ser visto hoje, em Brasília, a partir das 19h00, no auditório da Câmara Legislativa do DF, é bem mais parecido com o agitador dos idos de 1968, quando, megafone na mão ou a plenos pulmões, era visto no alto de carros comandando passeatas e inflamando as massas contra a ditadura militar. Os cabelos estão novamente cumpridos, a verve, afiada. "Vou mostrar porque o governo Lula foi revolucionário, e não uma continuidade do governo Fernando Henrique", disse Dirceu ao 247. "Também vou mostrar como ele colocou o Brasil no século 21 e inseriu o País no mundo global".

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E haverá mais.

"Nem se me colocarem em regime fechado, nem se me colocarem numa solitária, vou me calar", disse ele na inauguração do circuito montado pela CUT e o PT, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, na semana passada. Com o auditório lotado, ele ouviu da platéia os gritos de 'José Dirceu, guerreiro do povo brasileiro'. Disse, àquela altura, que "há uma campanha para nos desmoralizar, numa tentativa de cercear o nosso direito. Mas quem fala em nome da Nação, no Brasil, não é o Supremo. É o parlamento brasileiro. E a presidenta brasileira". A caravana já passou por São Paulo e Belo Horizonte. Depois de Brasília, seguirá pelo Centro-Oeste. No Rio, Dirceu esteve acompanhado por Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que não discursou.

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A intenção maior é apontar os erros cometido pelos juízes do Supremo no julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão. Dirceu avisa, logo no início de seu discurso, que não pretende aceitar a sentença de dez anos e dez meses de prisão em regime fechado, pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, passivamente. "Vou recorrer onde for possível, inclusive nas cortes internacionais", conta.

"O julgamento teve quatro meses e o STF parou de julgar toda a sua pauta por algo que era transmitido por TV aberta. Algo que não existe. Sendo assim, se transformou num julgamento de exceção", avalia ele. Ele sustenta ter sido condenado sem provas concretas. "Eu sofri uma devassa no imposto de renda, e recebi o atestado de idoneidade, mas toda a imprensa diz que eu enriqueci", reclama. "Há uma campanha para nos desmoralizar, mas vamos continuar correndo e lutando contra o nosso direito por todo o País".

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A mídia tradicional merece uma menção bastante especial, e negativa, no pronunciamento que vem sendo feito pelo líder petista. "É uma batalha dificílima contra o monopólio dos meios de comunicação. Há uma perda de qualidade e conteúdo nos jornais, porque passaram a partidarizar qualquer análise econômica, com campanhas de sabotagem sobre a própria economia do País".

Quem era muito novo, ou ainda nem tinha nascido quando Dirceu brilhava nas passeatas como presidente da UEE (União Estadual dos Estuadantes) de São Paulo, pode agora revisitá-lo em Brasília, na noite desta terça-feira 5, ou nas próximas paradas do circuito de defesa dos condenados pelo STF montado pela CUT.

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Abaixo, mas da perfomance de Zé Dirceu nos vídeos:

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