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Conselheira de Dino, Marilda Silveira já moveu ação para impedir Lula de dar entrevistas enquanto estava injustamente preso

Advogada é apontada como conselheira do ministro da Justiça na escolha de juízes e ministros de tribunais

Marilda Silveira e Flávio Dino (Foto: TSE | TOM COSTA/MJSP)

247 - A notícia de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), escolheu a advogada Marilda Silveira para ajudá-lo a entrevistar e selecionar candidatos a vagas nos tribunais de todo o país provocou questionamentos.

O motivo do ‘incômodo’ é que em 2018, quando era advogada do Partido Novo, Marilda assinou uma ação ajuizada no STF que pedia para que o agora presidente Lula (PT) fosse proibido de dar entrevista aos repórteres Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e Florestan Fernandes, do El País, enquanto estava injustamente preso em Curitiba. 

De acordo com a jornalista Carolina Brígido, em sua coluna no Uol, Silveira teria sido designada para o cargo porque a tarefa de selecionar os interessados foi descartada pelo ministro. 

“A interlocutores o titular da Justiça tem dito que não quer tomar a frente da primeira fase de seleção dos candidatos, para não ser acusado de influenciar politicamente na escolha. Por isso, convidou Marilda Silveira para fazer uma espécie de pré-seleção, levando em conta os currículos dos interessados”, destaca a reportagem. 

A ida de Marilda para o cargo de assessora especial ainda precisa do aval da Casa Civil, mesmo a advogada já despachando com Dino. 

Ainda de acordo com a reportagem, “a avaliação no Ministério da Justiça é que a ação do Novo não deve ser empecilho para a nomeação. O argumento é que a advogada foi contratada para defender a posição do partido, e não sua opinião pessoal. O currículo de Marilda e a confiança de Dino devem se sobrepor ao episódio”. 

Nas redes sociais, o jornalista e articulista político Jeferson Miola questionou a escolha de Dino: “é o cúmulo. Inaceitável”.