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      Contra a seca, começa na prática diálogo PT-PSDB

      Presidente Dilma Rousseff chama governador Geraldo Alckmin para conversar sobre questão hídrica em São Paulo; colaboração entre governos federal e estadual é imprescindível para solução da falta d’água no principal Estado da Federação e, em particular, no maior conglomerado urbano do País; questão prática e objetiva abre janela de diálogo entre partidos que se digladiaram na sucessão presidencial; PT e PSDB podem obter mínimo entendimento em torno de problema crucial; pacificação localizada entre as bandeiras vermelhas e azuis pode prosperar?

      Presidente Dilma Rousseff chama governador Geraldo Alckmin para conversar sobre questão hídrica em São Paulo; colaboração entre governos federal e estadual é imprescindível para solução da falta d’água no principal Estado da Federação e, em particular, no maior conglomerado urbano do País; questão prática e objetiva abre janela de diálogo entre partidos que se digladiaram na sucessão presidencial; PT e PSDB podem obter mínimo entendimento em torno de problema crucial; pacificação localizada entre as bandeiras vermelhas e azuis pode prosperar? (Foto: Camila Nunes)
      Camila Nunes avatar
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      247 – Por um motivo duro e objetivo, os dois partidos que mais se digladiaram na eleição presidencial conseguiram abrir uma janela de diálogo. A crise hídrica no Estado mais desenvolvido do País, com falta d'água na metrópole de São Paulo e em diferentes cidades do interior, está aproximando PT e PSDB.

      Em entrevista na semana passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá chamar para um diálogo administrativo franco o governador Geraldo Alckmin. De espírito conciliador, o tucano está disposto a aceitar o chamado assim que for efetivado.

      No Congresso, as duas agremiações andam às turras, como num terceiro turno da disputa presidencial. Representante de São Paulo, o senador Aloysio Nunes foi o primeiro a recusar o diálogo com a administração federal. No entanto, as coisas mudam.

      Para Dilma, a questão da crise da falta d'água em São Paulo é um reflexo da ausência de  investimentos em obras. Alckmin, por seu lado, não admite que não tenha adotado as medidas necessárias para salvaguardar o Estado da crise, mas dificilmente poderá recusar o chamado ao diálogo.

      A situação é crítica. Mesmo após as chuvas dos últimos dias,  o volume do Sistema Cantereira, principal represa  que abastece a capital paulista, voltou a cair. No domingo 9, o Sistema atingiu 11,4%, o que representa o volume mais baixo desde que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiu incluir, no fim de outubro, a segunda cota do volume morto. Segundo a estatal paulista, desde a última terça feira, quando tinha 11,9%, o Cantareira registra perda de 0,1 ponto porcentual em sua capacidade a cada dia.

      Antes de a segunda cota do volume morto entrar no cálculo da Sabesp, o nível do Cantareira estava em apenas 3%, o mais baixo já registrado. Logo após a adição de 105 bilhões de litros da reserva técnica, o volume útil de água havia subido para 13,6%.

      Não há nenhuma previsão de que, a partir do diálogo sobre a falta d'água, PT e PSDB se entendam sobre outros tantos temas que os afastam. O que pode ficar, no entanto, é um exemplo de que, para questões maiores como esta, dificuldades menores sejam superadas.

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