Contra o desmonte do golpe, Haddad quer gerar 8 milhões de postos de trabalho
O candidato do campo democrático à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), ressaltou, porém, que para alcançar este objetivo será preciso que o Congresso aprove projetos do seu plano de governo que compreendem uma reforma bancária visando reduzir os juros, uma reforma tributária e reverter a PEC do Teto dos Gastos Públicos; ele também rebateu as fake news de que apoia regimes autoritários e ressaltou que "a falta de liberdade é o caminho para o inferno"
247 - O candidato do campo democrático à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), afirmou que pretende criar 8 milhões de postos de trabalho em quatro anos de mandato, caso seja eleito no dia 28 de outubro. Haddad ressaltou, porém, que para alcançar este objetivo será preciso que o Congresso aprove projetos do seu plano de governo que compreendem uma reforma bancária visando reduzir os juros, uma reforma tributária e reverter a PEC do teto dos Gastos Públicos, que congelou os investimentos federais por um período de 20 anos.
Em entrevista ao Blog do Sakamoto, Haddad destacou que não aprova ''nenhum regime autoritário de direita e de esquerda'' e afirmou que ''a falta de liberdade é o caminho para o inferno'', em uma resposta às críticas feitas pelo adversário no segundo turno da eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Haddad, o aumento das críticas contra o rival vem na esteira da tentativa de se criar uma "frente democrática" contra Bolsonaro. Nesta linha, ele disse que pretende abrir um canal de diálogo Ciro Gomes, que disputou primeiro turno pelo PDT, além de entabular conversas com outras lideranças políticas e intelectuais.
"A gente vai ter que ampliar o diálogo, somar forças democráticas, alinhar essas forças em proveito de um projeto de reconstrução nacional. Está tudo por reconstruir, as instituições, a economia, as relações pessoais. E isso só vai se fazer com gestos e com medidas duras que precisam ser tomadas para arrumar as coisas. Medidas duras não significa não-pactuadas, significa medidas profundas que a gente possa efetivamente chegar à raiz dos problemas", disse.
Para ele, o aumento da violência eleitoral vem na esteira das declarações neste sentido feitas por Bolsonaro. "Sendo bem preciso para não ser irresponsável, acho que o homem público tem uma responsabilidade derivada, não é só a responsabilidade de ele próprio não agredir pessoalmente ninguém. O que ele diz, o que ele fala e a maneira que ele se comporta faz diferença, no caso de uma pessoa que é referência na sociedade. Para bem e para o mal. Quando você vai a um Estado, como ele foi ao Acre, e diz ''vamos metralhar petistas'', ele está sinalizando o que ele pensa da violência. Quando ele diz que a ditadura errou ao só torturar as pessoas e não matar, que deveria ter matado 30 mil pessoas, sinaliza que considera a violência um instrumento legítimo de solução de conflitos. Ele tem uma formação que toma a violência como instrumento de transformação da sociedade. Eu sou professor, eu tenho o oposto disso como critério. O critério do professor é o diálogo, é aprender com humildade para poder ensinar. É conviver com a diferença. Ele vê a diferença como um inimigo. Para mim, o diferente é uma oportunidade de aprender" destacou.
Ele também criticou as fake news que o acusam de querer distribuir o chamado kit gay nas escolas. "Você acha que pais, mães e professoras (80% da categoria é composta de mulheres), que algum profissional da educação iria compactuar com uma loucura dessa? Só na cabeça de uma pessoa desequilibrada pode passar a ideia de que a escola pública se subordinaria a um projeto absurdo como o que ele descreve. Eu não sei qual é a intenção dele, se é só confundir a opinião pública e usar a boa fé das pessoas quanto a isso . Hoje soltou um novo boato. Falou que eu sou a favor do incesto. Ou seja deu um a passo mais. O filho dele tuitou. Para mim, é uma mente doente. Eu serei o presidente de todas as religiões, de todas as crenças. Eu, ao contrário dele, não vou transformar uma única igreja, na igreja oficial do Estado, como ele pretende, um projeto de poder de uma única igreja", disse.
Leia a íntegra no Blog do Sakamoto.
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