CPMI: um atentado ao povo de Goiás
A comissão instalada no Congresso acabou por servir apenas ao desencadeamento de uma verdadeira perseguição ao nosso Estado e ao governador goiano
Enquanto em Goiás a CPI da Delta, levado a termo pela Assembleia Legislativa, investiga com seriedade o possível envolvimento de agentes públicos goianos com a contravenção, além de contratos firmados entre a Delta e a administração pública, a CPMI do Congresso Nacional que também deveria ter fins nobres – conforme o esperado por toda a sociedade brasileira -, acabou por servir apenas ao desencadeamento de uma verdadeira perseguição ao nosso Estado e ao governador goiano.
Seu relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), assumiu descaradamente e sem pudor uma postura parcial. É uma vergonha. Ele está promovendo uma perseguição mortal ao governador Marconi Perillo. Na verdade, ele está perseguindo aos goianos. Tendencioso, agindo sem isenção, joga para a plateia e se presta ao papel de servir de cabo de chicote para Lula, José Dirceu, Rui Falcão e a setores do PT na perseguição a Goiás e a Marconi Perillo.
Chegou a tal ponto a situação que seu relatório só será concluído em novembro, mas, mesmo assim, o parlamentar já concedeu várias entrevistas antecipando o seu julgamento dizendo que tem plena convicção do envolvimento do governador goiano com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Isto, por si só, já caracteriza falta de imparcialidade, até porque as ligações comprovadas (gravadas em vídeo) de envolvimento de políticos com Cachoeira são justamente de nomes do PT: o deputado goiano Rubens Otoni e o prefeito de Palmas, Raul Filho. Rubens Otoni recebeu dinheiro de Caixa 2 de Cachoeira e a denúncia contra ele já foi até arquivada.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, comprovadamente esteve em Anápolis para se encontrar com Cachoeira, mas o relator insiste em esmiuçar a vida do governador Marconi Perillo contra o qual, até o momento, não há qualquer indício de irregularidade. O que estão fazendo contra o governador Marconi Perillo é atentado à democracia sem precedentes. Os goianos escolheram Marconi nas urnas, legitimamente. E agora procuram pretextos para tirá-lo no tapetão. Isso é uma vergonha, repito, patrocinada pelo ex-presidente Lula, pelo ex-ministro José Dirceu e seus asseclas.
Esteve duas vezes em Goiânia e se exibiu para a imprensa, posando frente às câmeras com documento sigiloso. E pior: sabe-se lá como (ou sabe-se muito bem), parte do conteúdo desse documento vazou para a grande imprensa, tentando dar um tom adverso, contrário aos esclarecimentos prestados por Marconi na CPMI. Só que, na verdade, o diálogo que 'vazou' confirma as explicações dadas pelo governador.
O fato de não 'terem engolido' o sucesso da defesa pública de Marconi não dá aos seus pretensos algozes o direito de fazerem vazar até o sigilo fiscal do governador. Tem que haver um limite para essa gana persecutória. Eles querem, a todo custo, aniquilar o governador de Goiás. Agindo, como se vê, de forma torpe, antidemocrática e odiosa.
A continuar assim, a cada dia que passa mais vai se caracterizando a perseguição político-partidária (de Lula e todos os seus – representados por Odair - contra Marconi), anunciada desde o início de tudo isso que aí está. Precisa mesmo que haja um questionamento jurídico sobre a atuação nada isenta do relator, que direciona suas investigações exclusivamente para prejudicar o governador Marconi e seu governo (e consequentemente o Estado de Goiás), enquanto temas maiores vão ficando fora da CPI mista do Congresso Nacional.
Para o colunista Reinaldo Azevedo, da Veja, "o deputado Odair Cunha não está se dando conta do seu papel institucional, que está sendo degradado pelo mero jogo partidário". Para ele, o relator renuncia ao seu papel e "está perdendo toda e qualquer noção de limites", se comportando "como juiz do governador de Goiás, Marconi Perillo", condenando-o "antes mesmo de apresentar relatório".
Agora Odair diz que quer ouvir Marconi novamente. Para quê, se ele já formou convicção? Acredito mesmo que o relatório já esteja pronto, carregado de maldades e vingança contra o governador goiano. Pior mesmo é o caso do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, que não quer nem mesmo que Marconi Perillo seja ouvido, porque para ele falar a verdade é fazer "showzinho".
Essa CPMI do Congresso vai ser lembrada como um atentado ao povo de Goiás. Não querem saber das verdadeiras relações da Delta. Querem incriminar a qualquer custo o governador de Goiás.
Túlio Isac (PSDB) é deputado estadual
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