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      Cunha teria grampeado governo FHC, diz livro

      No segundo volume dos seus relatos sobre o período em que governou o Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusou o presidente fastado da Câmara, Eduardo Cunha, de instalar um grampo ilegal na presidência do BNDES em 1998, durante a privatização das empresas de telefonia do país; Cunha era ex-presidente da Telerj; episódio dos grampos foi um dos maiores escândalos do governo FHC e resultou na queda do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e do presidente do BNDES, André Lara Resende  

      No segundo volume dos seus relatos sobre o período em que governou o Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusou o presidente fastado da Câmara, Eduardo Cunha, de instalar um grampo ilegal na presidência do BNDES em 1998, durante a privatização das empresas de telefonia do país; Cunha era ex-presidente da Telerj; episódio dos grampos foi um dos maiores escândalos do governo FHC e resultou na queda do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e do presidente do BNDES, André Lara Resende   (Foto: Aquiles Lins)
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      247 - No segundo volume dos seus relatos sobre o período em que governou o Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusou o presidente fastado da Câmara, Eduardo Cunha, de instalar um grampo ilegal na presidência do BNDES em 1998, quando o governo privatizou as empresas de telefonia do país.

      Tucano conta que ouviu do empresário que Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. Na época, Cunha era ex-presidente da Telerj, a companhia telefônica do Rio de janeiro. O episódio dos grampos foi um dos maiores escândalos do governo FHC e resultou na queda do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e do presidente do BNDES, André Lara Resende.

      Os grampos ilegais apontam que os dois articularam para que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, o Previ, participasse de um consórcio encabeçado pelo Banco Opportunity, de Daniel Dantas, e por uma empresa da Telecom Itália.

      Outro consórcio, no entanto, chamado Telemar, ganhou a área leiloada pela Telebras. Realizado em julho de 1998, o leilão das teles resultou na maior privatização da história brasileira, com arrecadação de R$ 22 bilhões, em valores da época.

      Segundo o relato de FHC no livro Diários da Presidência, que chega às livrarias no próximo dia 23, ele soube dos grampos por meio de Jorge Serpa, tido como um dos maiores lobistas do país na época. "Não tem nada de comprometedor", anota. "São simplesmente a tentativa do Mendonça e do André de criarem um consórcio para competir na disputa do leilão de privatização".

      Segundo a Folha, de ingênua as conversas não tinham nada. O tucano não comenta nos diários um dos pontos mais controversos dos grampos: o diálogo em que FHC autoriza Lara Rezende a usar o nome do presidente para pressionar o fundo de pensão a se compor com o Opportunity. A conversa foi revelada pela Folha em 1999.

      FHC trata o caso do grampo como chantagem, sem jamais explicitar quem estaria chantageando quem. O tucano tenta escapar da controvérsia. "Não devemos entrar na discussão do grampo. Grampo é porcaria. Quando se destampa a lata de lixo aparece podridão", escreve em 17 de novembro de 1998.

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