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Depoimento de ex-dirigente do Rural reforça delação de Delcídio contra Aécio

"A fiscalização do Banco Central foi muito rigorosa. O que me surpreendeu foi o resultado [...] Os relatórios do Banco Central também não abordaram nenhuma irregularidade sobre a SMPB e o PT. Todas as informações que eles pediram foram repassadas. Eles tinham condições de levantar todas as irregularidades", disse o ex-superintendente do Banco Rural Carlos Roberto Sanches Godinho, um declaração perdida em quase duas mil páginas do relatório final da CMPI dos Correios; declaração pode ser a confirmação da denúncia do senador Delcídio Amaral de que o tucano Aécio Neves teria maquiado as informações da instituição para a CPI

"A fiscalização do Banco Central foi muito rigorosa. O que me surpreendeu foi o resultado [...] Os relatórios do Banco Central também não abordaram nenhuma irregularidade sobre a SMPB e o PT. Todas as informações que eles pediram foram repassadas. Eles tinham condições de levantar todas as irregularidades", disse o ex-superintendente do Banco Rural Carlos Roberto Sanches Godinho, um declaração perdida em quase duas mil páginas do relatório final da CMPI dos Correios; declaração pode ser a confirmação da denúncia do senador Delcídio Amaral de que o tucano Aécio Neves teria maquiado as informações da instituição para a CPI (Foto: Gisele Federicce)
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Por Celso Raeder, para o 247 - "A fiscalização do Banco Central foi muito rigorosa. O que me surpreendeu foi o resultado [...] Os relatórios do Banco Central também não abordaram nenhuma irregularidade sobre a SMPB e o PT. Todas as informações que eles pediram foram repassadas. Eles tinham condições de levantar todas as irregularidades".

Perdido no meio de quase duas mil páginas do relatório final da CMPI dos Correios, este pequeno trecho de quatro linhas, extraído do depoimento do ex-superintendente do Banco Rural Carlos Roberto Sanches Godinho, pode ser a elemento que faltava para confirmar a denúncia feita pelo senador Delcídio Amaral contra seu colega de Senado Aécio Neves (PSDB-MG).

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Delcídio afirma que Aécio manobrou para que o Banco Rural tivesse tempo de maquiar as operações que poderiam envolver o seu nome, e o de outras lideranças tucanas, no esquema ilícito de financiamento de campanhas política.

Principal testemunha de acusação no escândalo do 'mensalão', Roberto Godinho recebeu pressões de todos os lados para se manter calado. Enfrentou mandados e ações judiciais, tentaram amordaçá-lo para não conceder entrevistas e foi desqualificado publicamente por advogados de primeira linha que defendiam os réus no caso. Hoje, vive recluso tentando esquecer o passado.

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As revelações de Delcídio do Amaral, no entanto, podem representar a reabilitação moral de Roberto Godinho. Se forem confirmadas a manipulação nas contas do Banco Rural para favorecer políticos do PSDB, todas as informações prestadas pelo ex-executivo poderão ser novamente analisadas pelo Supremo Tribunal Federal, não sendo descartada inclusive uma nova convocação de Godinho, na condição de testemunha. Caso isso ocorra, será a primeira vez que os escândalos da Ação Penal 470 e da Lava Jato se cruzarão.

Conheça seu cliente - Os advogados de defesa de Delcídio também podem requerer cópias dos relatórios produzidos por Carlos Godinho, nos quais ele informava aos seus superiores as movimentações financeiras atípicas dos clientes do Banco Rural. O então ministro do STF Joaquim Barbosa requisitou cópias desses relatórios, mas a direção do banco se limitou a dizer que "havia entregado toda a documentação no curso do processo, a quem de direito". Os dois relatórios de Godinho, com os títulos "Conheça seu cliente" e "Movimentação acima dos padrões", não foram incluídos no processo.

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Na segunda-feira, deputados que integram a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff decidiram não incluir a delação de Delcídio no processo. Segundo a oposição, a medida serve para evitar futuros questionamentos judiciais, já que a delação não consta do pedido inicial aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Alguns parlamentares da base governista, no entanto, avaliam como positiva a inclusão da delação do senador. No entendimento de um deputado petista, "o esquema de maquiagem de documentos pode colocar o senador Aécio Neves e o deputado federal Carlos Sampaio no olho da crise". Sampaio, segundo Delcídio, tinha conhecimento da operação.

"Como o Carlos Sampaio pode ser vice-presidente da comissão de impeachment se sobre ele paira a suspeita de ter colaborado na engenharia de uma fraude?", questionou o petista, que pretende provocar a Frente Nacional pela Democracia a representar contra Sampaio na Comissão de Ética da Câmara por falta de decoro parlamentar.

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