Deputado: CPI da Petrobras é "mais do mesmo"
O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), solicitou à Câmara mais dois meses para dar continuidade às investigações, pedido que foi atendido; "Nós temos reunião deliberativa no próximo dia 11, vamos tratar desses crimes do mercado e sistema financeiro. Quero evoluir nas acareações e quebras de sigilo", afirmou; parlamentar negou interferência de políticos na condução dos trabalhos da comissão
247 – O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou estar disposto a investir em acareações entre os investigados e em quebras de sigilos, mas admite que a comissão é "mais do mesmo". O parlamentar também solicitou à Câmara mais dois meses para dar continuidade às investigações, pedido que foi atendido na quinta-feira (28).
"Nós temos reunião deliberativa no próximo dia 11, vamos tratar desses crimes do mercado e sistema financeiro. Quero evoluir nas acareações e quebras de sigilo. E também podemos evoluir já com o que a Kroll vai apresentar de resultados dessa análise da busca de ativos que foram desviados e que ainda não foram devolvidos aos cofres públicos. A ideia é depois cobrar das autoridades uma mudança sobre isso", disse ao Portal UOL.
Apesar de ter iniciado os trabalhos há três meses, a CPI ainda não trouxe novas revelações sobre o escândalo de corrupção da estatal. Os depoimentos dos suspeitos apenas confirmaram informações já declaradas em delações homologadas pela Justiça ou publicadas pela imprensa.
"Quando as informações já são sabidas previamente por terem sido publicizadas como as delações, infelizmente você não vê grande avanço. Na verdade, é mais do mesmo. Sem dúvida nenhuma, resta à CPI ter a capacidade de trazer à investigação pessoas que ainda não contribuíram e que podem contribuir e tentar levantar algumas informações que ainda não foram dadas", afirmou.
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de receber propina. Motta negou que a comissão sofra alguma influência para proteger políticos. Segundo o parlamentar, a comissão atua com "imparcialidade" e "sem interferência" de lideranças partidárias. "Estou cumprindo minha missão com imparcialidade e sem permitir nenhuma interferência nem de Eduardo, nem de Leonardo, nem de ninguém quer que seja", disse.
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