TV 247 logo
      HOME > Poder

      Desta vez vai ter reforma política, diz Vaccarezza

      "Desta vez vai haver, sim, reforma política. O sentimento que tenho com os deputados é que todas as pessoas querem uma mudança e eu atribuo esse sentimento aos protestos e manifestações da população", assegurou o deputado do PT, coordenador do grupo de trabalho criado para debater o tema; site e-Democracia, lançado nesta quarta-feira, abre espaço para sugestões

      Desta vez vai ter reforma política, diz Vaccarezza (Foto: Zeca Ribeiro_)
      Gisele Federicce avatar
      Conteúdo postado por:

      Carolina Pompeu, Agência Câmara - O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) garantiu nesta quarta-feira que a reforma política será votada na Câmara. Segundo ele, os temas que têm mais chances de irem a voto são a forma de financiamento das campanhas e o sistema eleitoral. Vaccarezza não descarta, no entanto, que entrem na pauta de votações outras medidas, como o fim das coligações em eleições proporcionais e as regras de inelegibilidade.

      Vaccarezza é o coordenador do grupo de trabalho da Câmara que vai elaborar propostas sobre a reforma política no País. O colegiado, que foi criado no dia 16 de julho, terá 90 dias para finalizar os projetos.

      O tema já vem sendo debatido no Congresso há quase duas décadas, mas, segundo ele, há clima político para a aprovação de mudanças nas regras eleitorais. "Desta vez vai haver, sim, reforma política. O sentimento que tenho com os deputados é que todas as pessoas querem uma mudança e eu atribuo esse sentimento aos protestos e manifestações da população", assegurou.

      Participação popular

      A declaração foi dada durante lançamento de uma página no portal e-Democracia, no portal da Câmara dos Deputados, em que toda a população poderá fazer sugestões sobre a reforma política, além de debater as propostas dos deputados. Lá estão disponíveis, a partir de hoje, fóruns temáticos e salas de bate-papo sobre o tema, além de uma biblioteca virtual com dados da reforma. Os participantes da comunidade virtual também poderão enviar sugestões e perguntas durantes as audiências públicas do grupo de trabalho.

      Os debates da página poderão pautas as discussões dos deputados. "Eu farei chegar à mão dos parlamentares o que for discutido na comunidade", afirmou Vaccarezza, que também garantiu que não haverá censura entre os comentários. "Vamos somente descartar manifestações que fogem à democracia. Não pega bem o site da Câmara se prestar à desmoralização de pessoas ou à pornografia. Mas críticas a qualquer politico ficarão no site, mesmo que sejam críticas ácidas, mesmo que sejam críticas a mim, que sou o coordenador do grupo", garantiu.

      Grupo de trabalho

      As reuniões do grupo de trabalho da reforma política já estão marcadas para todas as quintas-feiras a partir das 9 horas. Segundo o coordenador, o colegiado deverá organizar quatro audiências públicas com representantes de entidades da sociedade civil. A primeira delas já está marcada para o dia 8 de agosto.

      O objetivo, segundo ele, é finalizar três textos – uma proposta de emenda à Constituição, um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária, a depender do tema a ser modificado. "Mas, se não houver consenso, ou uma posição majoritária, podemos fechar duas ou três propostas, que irão a voto", disse.

      Consulta popular

      Vaccarezza não descartou a realização de uma consulta popular sobre a reforma política, como havia sido proposto pelo Executivo. Segundo ele, no entanto, o referendo ou o plebiscito deve ficar restrito a assuntos como o sistema de governo do País (parlamentarismo ou presidencialismo), entre outros. De acordo com o deputado, o modelo de financiamento de campanhas – público, privado ou misto –, por exemplo, pode ser decidido entre os parlamentares, sem necessidade de uma consulta popular.

      O coordenador do grupo de trabalho afirmou também que não se opõe ao plebiscito proposto pelo Executivo, independentemente do trabalho do novo colegiado: "Eu já disse, há mais de 15 dias, que iria coletar pessoalmente as assinaturas para o plebiscito. Estou aguardando apenas o texto. Se o PT quiser, eu ajudo a elaborar o texto".

      Prazo

      Cândido Vaccarezza também ressaltou hoje que as mudanças aprovadas no sistema eleitoral podem, sim, valer a partir de 2014. Uma declaração dada no último dia 17 pelo deputado havia causado polêmica, já que, segundo ele, as novas regras só teriam efeito em 2016 ou 2018. "O que valerá depende dos parlamentares e do Executivo. Deve somente ser aprovado e sancionado até 4 de outubro", ressaltou o coordenador do grupo de trabalho da reforma política.

      Acesse a comunidade virtual da reforma política no portal e-Democracia.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247