Destino de Pimentel define sucessão municipal em BH
Bola da vez na fritura ministerial, o petista Fernando Pimentel ( esq.), do Desenvolvimento, virou alvo no seu partido; o ministro defende apoio ao prefeito Mrcio Lacerda em 2012, mas o PT local rompeu a aliana (teve at protesto com chibatadas) e quer candidatura prpria
247 – O mais novo foco de denúncias do governo Dilma Rousseff não está na mira apenas da oposição. Indisposto com o PT de Belo Horizonte, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, virou alvo dentro do partido e a forma como ele vai lidar com as denúncias pode definir a sucessão na capital mineira em 2012.
A série de denúncias começou com a informação de que a consultoria de Pimentel faturou R$ 2 milhões nos últimos dois anos. Agora, começa a ser recuperado o possível envolvimento do ministro do Desenvolvimento com o esquema do Mensalão, e até a esposa de Pimentel entrou na linha de tiro. Presidente do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, Thaís Pimentel teria autorizados obras proibidas pelo tombamento na reforma do estádio Mineirão.
Para o Palácio do Planalto, está claro que as denúncias contra Pimentel são alimentadas pelo diretório do PT em Belo Horizonte, que, enciumado pela grande presença e relevância do PSDB no governo local, rompeu a aliança com o prefeito Márcio Lacerda (PSB).
A crise teve seu ponto culminante (e foram vários pontos neste ano) na demissão de 17 assessores diretos do vice-prefeito Roberto Carvalho (PT). A comoção foi tão grande que um funcionário da prefeitura filiado ao PT se submeteu voluntariamente a chibatadas em praça pública para protestar contra a exoneração dos colegas.
Inconformado, Carvalho iniciou conversas com o PMDB para sustentar uma chapa de oposição à provável aliança PSB-PSDB – o convite do PSB ao PSDB já foi feito e até o PCdoB, histórico aliado do PT, aderiu à coligação. O problema é que, liderado por Pimentel, o PT nacional pretende forçar uma segunda coligação com o PSB, numa repetição do acordo que levou Márcio Lacerda à prefeitura – em acordo também firmado por Pimentel.
A avaliação entre os petistas dá conta de que a aliança com o PSB se mostrou desvantajosa para o partido logo nos primeiros meses de governo, quando ficou claro que o PSDB – que fazia parte apenas de uma coligação informal – teria mais espaço na gestão do que o imaginado inicialmente. O PT nacional conta com a manutenção da aliança para não prejudicar acordos com o PSB em capitais como Recife e Fortaleza.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve em Minas recentemente para tentar baixar os ânimos e conversou tanto com o vice Roberto Carvalho, que pleiteia candidatura própria, quanto com Márcio Lacerda, e disse que não pretende pedir a exclusão do PSDB da aliança. Nem se for para interromper a sangria de Pimentel, presidente?
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