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Poder

Dilma, a reboque da crise

Quatro ministros j caram e trs tero que se explicar nesta tarde no Congresso; noite, ela ter um jantar com o vice-presidente Michel Temer para tentar estancar a sangria

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Evam Sena_247, Brasília – Mesmo depois de perder quatro ministros num intervalo de pouco mais de três meses, a presidente Dilma Rousseff ainda não conseguiu conter a onda de crise que atinge seu governo. Três ministros se explicam hoje ao Congresso sobre suspeita de irregularidades em suas pastas: Paulo Bernardo (Comunicações), Pedro Novais (Turismo) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário). 

As denúncias chegaram mais fortemente ao PT depois que a revista Época divulgou declarações de parlamentares acusando Paulo Bernardo e sua mulher, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em andarem em jatinhos particulares de empresas, como a Sanches Tripoloni, que tem contratos com o governo federal em obras de infraestrutura, inclusive no Paraná, estado dos petistas. 

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Depois de insistirem no silêncio, os ministros divulgaram nota ontem. Paulo Bernardo não desmentiu que andou no jatinho da construtora, mas disse que, durante as eleições de 2010, “nos fins de semana e feriados”, andou em aviões de “várias empresas”, “fretados pela campanha”, e que pagou por isso. 

A atitude foi condenada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele afirmou que “tal como postas na imprensa”, as denúncias “são graves” e defendeu apuração “caso a caso” para ver se houve “promiscuidade”. 

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O ministro petista fala hoje à Subcomissão Especial de Rádio Digital da Câmara sobre os projetos da pasta para o setor. A oposição na Câmara promete ser dura com Paulo Bernardo sobre a questão dos jatinhos. No Senado, o PSDB já apresentou requerimento de convocação do ministro. 

“A crise ética parece não ter fim, surgem novas denúncias semanalmente e pouco ou quase nada tem sido feito de prático. A presidente precisa definir se vai tomar as medidas necessárias ou permanecer refém de um ministério corroído por fraudes”, disse o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP). 

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A situação de Pedro Novais se agrava depois que parte do PMDB passou a exigir a saída do ministro do Turismo. Hoje, Pedro Novais fala ao Senado sobre as irregularidades que levaram a Polícia Federal a prender 36 pessoas ligadas a fraudes em contratos do Ministério. Uma insatisfação de deputados peemedebistas com o seu líder, Henrique Alves (RN) tem acrescentado ingredientes indigestos à crise ministerial. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), já exigiu publicamente o afastamento do ministro, indicado por Alves. 

“O Pedro Novais precisa sair. Ele tem uma história política e de vida e para reafirmá-la não pode ficar nessa de não sabia. Para mim, ele participa, ele tem responsabilidade no que aconteceu no Turismo. Se eu vou montar uma equipe e tem pessoas assim, eu não aceito”, disse Rose de Freitas, uma das porta-vozes dos insatisfeitos, citando o ex-secretário-executivo Frederico Costa, preso pela PF. 

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À noite, o vice-presidente Michel Temer oferece um jantar para Dilma com a presença das bancadas do PMDB na Câmara e no Senado e os ministros do partido. O depoimento de hoje e o encontro com a presidente será o último teste para Novais se manter no cargo. 

No Ministério das Cidades, comandado por Mário Negromonte (PP), a crise pode “terminar em sangue”, na previsão do próprio ministro, feita hoje para rádio em Salvador. De forma mais grave que no PMDB, o partido está dividido e fritando o minstro.

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Negromonte culpa a ala que apoiava a manutenção do ex-ministro Márcio Fortes (PP) pelas denúncias publicadas na Veja desta semana. Segundo a revista, o atual ministro ofereceu R$ 30 mil para políticos rivais do próprio PP em troca de apoio. Na Câmara, a bancada do partido destituiu da liderança o deputado Nelson Meurer (PR) e emplacou Aguinaldo Ribeiro (PB), aliado de Fortes.

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