Dilma, Aécio e Campos marcam gols no pré-Copa
Presidente driblou armadilhas e fechou alianças formais com PMDB e PDT; petista Dilma Rousseff caminha para garantir, assim, mais da metade do tempo no horário eleitoral gratuito, mesmo recuando no Ibope para 38% das preferências; na oposição, tucano Aécio Neves marcou 22% no Ibope, subindo dois pontos sobre levantamento anterior; o mesmo avanço do socialista Eduardo Campos, beneficiado pelo apoio de Marina Silva; na véspera da abertura da Copa do Mundo, eleição ganha em emoção com quadro de segundo turno; pré-candidatos em ritmo de competição acirrada
247 – Cada um ao seu modo, os presidenciáveis do PT, PSDB e PSB marcaram seus gols às vésperas da abertura da Copa do Mundo. Eles encerram nesta quarta-feira 11, um dia antes da abertura do Mundial, a primeira fase da campanha muito próximos das posições que seus estrategistas imaginavam. Todos seguem vivos na disputa e jogando no ataque.
Na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, estava no ar até agora a preocupação com uma ingrata surpresa na convenção do PMDB, a partir do crescimento desmedido da oposição à coalizão com o PT. Mas o que se viu nesta terça-feira 10 foi que a estratégia de Dilma de centrar seu diálogo partidário na figura do vice-presidente Michel Temer deu resultado. Com o apoio dos principais chefes da segunda maior legenda do Congresso, Temer levou a presidente à vitória.
Ao lado da conquista formal do PDT e o apoio anteriormente manifestado pelo PTB, a coligação liderada pelo PT já tem mais da metade do tempo no horário eleitoral gratuito. Esse era o projeto traçado pelo articuladores de Dilma. Mesmo com a perda de pontos registrada no Ibope divulgado nesta terça, a presidente pode considerar que a parte mais importante de sua missão até aqui foi cumprida. Afinal, ela não deixou que as pressões fizessem sua base ser fraturada.
As perdas registradas pela presidente na pesquisa Ibope estão dentro da margem de erro, ainda que esteja instalada a perspectiva de segundo turno. Esse cenário, porém, de crescimento da oposição, já era esperado pelos coordenadores da pré-campanha petista. Avaliava-se entre eles que a tensão na economia e as críticas desferidas contra o governo na mídia tradicional necessariamente iriam desgastar a presidente. Poderia ter sido pior.
Para a oposição, a maneira de chegada de suas duas principais equipes ao instante pré-Copa também é vista com otimismo. Os tucanos de Aécio Neves experimentaram, até um mês atrás, a sensação de que seus esforços custavam a dar resultado.
Afinal, mantinha-se, até ali, um quadro de vitória de Dilma em primeiro turno. Mas o jogo mudou. O Ibope divulgado nesta terça se soma ao mais recente Datafolha na direção de um segundo turno, no qual Aécio surge como favorito para disputar com a presidente.
Por seu lado, o presidente do PSB igualmente tem motivos para acompanhar o início da Copa do Mundo de uma posição política menos desconfortável. O levantamento do Ibope demonstrou que a subida de Campos de 11% para 13% pode sim ser atribuída ao apoio da ex-ministra Maria Silva. Está dentro da margem de erro, mas, felizmente para ele, a variação foi para cima – e não para baixo, como acontecera no Datafolha. Além disso, numa simulação em que o eleitor tem a informação sobre o apoio de Marina, Eduardo vai a 17% e se aproxima de Aécio.
Vale acompanhar, a partir de agora, os efeitos que o ambiente social em torno da Copa do Mundo irão causar aos três presidenciáveis. Para os que veem Dilma como a principal beneficiária de uma vitória da Seleção Brasileira na disputa, ela também é encarada como a potencialmente maior derrotada por eventuais problemas na organização da Copa. Os dois oposicionistas, por mais que queiram a queda da candidata à reeleição, não irão, é claro, torcer contra. Eles acreditam, afinal, que depois da Copa, qualquer que venha a ser o resultado, seus desempenhos serão ainda melhores.
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