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Dilma deve cancelar ida ao 1° leilão do pré-sal

Assessores do Planalto aconselharam a presidente a não participar do evento no campo de Libra, marcado para dia 21 de outubro, por conta de protestos previstos; em uma carta entregue à presidenta Dilma, mais de 80 organizações alertam que o processo será vantajoso apenas para as companhias transnacionais

Assessores do Planalto aconselharam a presidente a não participar do evento no campo de Libra, marcado para dia 21 de outubro, por conta de protestos previstos; em uma carta entregue à presidenta Dilma, mais de 80 organizações alertam que o processo será vantajoso apenas para as companhias transnacionais (Foto: Roberta Namour)

247 - A presidente Dilma Rousseff não deve participar do leilão do campo de Libra, o primeiro de uma área do pré-sal, programado para o dia 21 de outubro.

Segundo informações divulgadas pela Folha, a presidente foi aconselhada por assessores por causa dos protestos programados para o dia da disputa organizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), na próxima segunda.

Além de acampamentos no Rio de Janeiro e em Brasília, movimentos sociais vêm realizando paralisações e atos públicos com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o tema.

A principal reivindicação das entidades é o cancelamento do leilão, que colocará à disposição das petroleiras o Campo de Libra.

Em uma carta entregue à presidenta Dilma Rousseff, mais de 80 organizações alertam que o processo será vantajoso apenas para as companhias transnacionais. “A entrega [de Libra] para essas empresas fere o princípio da soberania popular e nacional sobre a nossa mais importante riqueza natural que é o petróleo”, diz o documento.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (10) que entre dois e quatro consórcios devem disputar o leilão para exploração de óleo e gás natural na área. No entanto, o governo teme que que só um apresente proposta no dia.