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Dilma fecha sua reforma e continua a “faxineira”

Nas recentes mudanças que fez nos ministérios, presidente impôs os nomes que quis, fez os partidos se dobrarem a ela e resistiu às sugestões das legendas; exemplo mais claro foi o de César Borges, anunciado ontem como novo ministro dos Transportes; antes de definir seu nome, Dilma ligou para o líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), para confirmar se havia alguma imposição; Manoel Dias, que assumiu o ministério do Trabalho, também foi decisão sua, alinhada com o ex-ministro Carlos Lupi

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247 – Apesar de ter sido criticada por, primeiro, fazer trocas nos ministérios visando a reeleição de 2014, e depois por favorecer partidos prejudicados na faxina realizada por meio da reforma ministerial de 2011, a presidente Dilma Rousseff fez com que os aliados, na realidade, se curvassem a ela nas mudanças recentes. Os nomes dos novos ministros foram escolha sua, mesmo que não agradassem seus partidos.

De acordo com o colunista Ilimar Franco, do Globo, "um integrante do núcleo do governo explica: desde que a presidente Dilma abraçou a tese da faxina, ela não pode correr qualquer risco e precisa escolher ministros que resistam a uma devassa". Em 2011, por conta de denúncias de irregularidades em várias pastas, sete ministros deixaram seus cargos.

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No caso do PR, o primeiro ataque recebido pela imprensa foi de que a troca do ministro Paulo Sérgio Passos pelo vice-presidente do Banco do Brasil, César Borges, nos Transportes, foi de que a presidente deu de volta o comando de uma pasta ao primeiro partido excluído na faxina anterior. A questão chegou a ser discutida entre ela, o presidente do PR e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (demitido há dois anos) e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Anthony Garotinho (RJ), mas não houve nome definido.

A decisão veio, por fim, da própria Dilma, que após escolher César Borges, ligou para Anthony Garotinho a fim de saber se havia alguma objeção. A escolha foi feita depois de ter sido batido o martelo com Nascimento e Antônio Carlos Rodrigues, da direção nacional da legenda. De acordo com nota da coluna Painel desta segunda-feira 1º, Garotinho reiterou o pleito de que o ministro fosse um deputado, mas não impôs veto.

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As outras mudanças foram no Ministério da Agricultura, de onde saiu Mendes Ribeiro (PMDB-RS), por motivo de doença, e entrou Antônio Andrade (PMDB-MG). Na Aviação Civil, deixou o cargo Wagner Bittencourt (sem partido), substituído por Moreira Franco (PMDB-RJ) – que deixa a pasta de Assuntos Estratégicos. Para o ministério do Trabalho, a presidente escolheu Manoel Dias (PDT-SC) - decisão alinhada com o ex-ministro Carlos Lupi -, que entrou no lugar de Brizola Neto (PDT-RJ), cujo nome não era aprovado pela legenda.

Na cerimônia de posse dos ministros, a presidente justificou as trocas como uma necessidade de fortalecer a coalizão entre os que dão suporte ao governo. "Aprendi que em uma coalizão você tem que valorizar as pessoas que contigo estão, esses parceiros na luta, que são companheiros que nos acompanham numa jornada diuturna, então tem que estar conosco, nos momentos bons e nos ruim", afirmou.  

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